Sexta, 30 de Janeiro, 15h30
Uh, ontem o dia foi tão cansativo que nem escrevi aqui de noite. Saí com meu irmão antes do almoço. Pegamos o metrô e voltamos até o principal palácio da cidade, o Gyeongbokgung. Já tínhamos ido lá, mas estava fechado e tal, hoje estava aberto, então entramos.
O palácio é enorme, em termos de espaço, não de área construída. As construções são meio estreitas, normalmente fazendo um retângulo, mas o espaço interior e exterior é muito grande, com uns jardins lindos. Os únicos prédios grandes realmente são aqueles que haviam cerimônias e o que hoje está o Folk Museum of Korea, que conta a história do povo e tudo mais. Visitamos esse também, que é muito bonito, mas não ficamos tanto tempo por lá.
A cerca de um quilômetro de lá tem o outro grande palácio da cidade, Changdeokgung, que foi construído quando o primeiro fora vítima de um grande incêndio. A princípio os coreanos não quiseram reconstruí-lo, então construíram esse outro. Fomos andando. Nesse palácio você só pode entrar se acompanhado de um guia e o guia em inglês só saía depois de uma hora, então aproveitamos pra comer um sanduíche ali perto.
Enfim, entramos. E descobrimos que esse segundo palácio consegue ser mais bonito que o primeiro. Principalmente pelo fato de ele ser meio espalhado pelo terreno (enorme também), sem um rigor geométrico. Tem muitas árvores e lagos e as contruções parecem todas estarem em harmonia com a natureza. Algo meio élfico. No coração do palácio tem o que era conhecido como o Jardim Secreto, que antigamente ninguém tinha a autorização de ver. Hoje em dia, felizmente, a maior parte (ele é imenso) está aberta ao público e o negócio é realmente deslumbrante. Faz até parte de uma lista da Unesco.
Depois de tanto andar por palácio, estávamos cansados e nos perguntávamos se deveríamos ir pra casa. Demos uma olhada no guia, vimos uns bares e outros e resolvemos continuar na rua.
Pegamos o metrô e fomos até a estação dee Hongik University, que haviam me dito que tinha muitos jovens e bla. Chegamos lá, e aparentemente descobrimos o point dos coreanos. Milhares de gente na rua, sendo que 80% devia ter menos de 30 anos. O lugar fica perto de uma das grandes universidades de Seul, o que explica isso. As ruas são muito animadas, cheias de luzes, com bares e boates pululando.
Novamente com fome, paramos em um lugar um pouco mais familiar: Burguer King! O BK daqui é a mesma coisa do Rio, com seus Whopers, double cheese e tal, então pude finalmente matar a saudade de junk food.
Estávamos tentando achar um lugar com música ao vivo, de preferência boa. Entramos em uma ou duas quebradas que estavam fechadas ou não pareciam ser muito agradáveis. Finalmente entramos em um bar subterrâneo que parecia meio trash mas promissor. O lugar era bem simpático, mas não tinha quase ninguém e nem sinal de música. O dono, porém, era um coreano muito gente fina que ficou um tempão conversando com a gente, perguntando de onde éramos e tudo mais. Acabou nos indicando uns bares com música ao vivo na região. Foi muito solicito até, imprimiu mapinhas, deu indicações, mó simpático.
Tomamos umas duas cervejas ali mesmo e fomos procurar um dos outros bares. Nos perdemos (claro) mas achamos uma praça que tinha uma bandinha tocando. A bandinha era muito animada, tocando coisas tipo Lynyrd Skynyrd e Guns. Ficamos um tempinho ouvindo lá e resolvemos retomar a busca.
Depois de muito rodar, finalmente achamos um bar legal, chamado Freebird. O que não foi legal é que era noite de british rock, que eu sinceramente não tenho muita paciência. Ouvimos umas 2 bandas tocar até que resolvemos ir embora pra poder pegar o metrô aberto, pois já eram quase meia noite.
Chegamos em casa depois de uma grande jornada. Dormi profundamente e hoje acordei tardíssimo. Resolvi tirar o dia de hoje pra descansar. Quando eu viajo eu sinto uma pressão pra tentar aproveitar o máximo e tal, mas quando a viagem vai durar um mês, a gente pode ter o luxo de tirar um dia pra descansar em Seul. De qualquer forma, hoje a noite vai ter um jantar de despedida de uma ministra aqui, então vai dar pra dar uma saída mais tarde.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Oriente-se! (11) - Seul Tower
Quarta, 28 de Janeiro, 22h
Pois o dia hoje não foi tão produtivo. Pensei em ir visitar um museu de arte que tem aqui do lado, mas meu irmão resolveu sair enfim então fomos dar uma (outra) caminhada.
Quando eu disse que a mania dos coreanos é fazer caminhadas e trilhas eu não estava mentindo. Hoje fizemos outra (essa muito mais pra caminhada que pra trilha, era até asfaltada), subindo o parque de Nansan e indo até a Torre de Seul, que é o ponto mais alto da cidade. Lá em cima fica cheio de gente, tem umas lojinhas, uns monumentos e tal, muito legal.
Voltamos pra casa conversando sobre a vida e cheguei aqui bem cansado (duas caminhadas dessa em dois dias não é mole). Já eram mais de 18h, então fiquei em casa mesmo depois disso.
Pois o dia hoje não foi tão produtivo. Pensei em ir visitar um museu de arte que tem aqui do lado, mas meu irmão resolveu sair enfim então fomos dar uma (outra) caminhada.
Quando eu disse que a mania dos coreanos é fazer caminhadas e trilhas eu não estava mentindo. Hoje fizemos outra (essa muito mais pra caminhada que pra trilha, era até asfaltada), subindo o parque de Nansan e indo até a Torre de Seul, que é o ponto mais alto da cidade. Lá em cima fica cheio de gente, tem umas lojinhas, uns monumentos e tal, muito legal.
Voltamos pra casa conversando sobre a vida e cheguei aqui bem cansado (duas caminhadas dessa em dois dias não é mole). Já eram mais de 18h, então fiquei em casa mesmo depois disso.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Oriente-se! (10) - Escalando Seul
Terça, 27 de Janeiro, 17h45
Não escrevi ontem. Não estava com vontade, acontece. Mas o dia também não foi dos mais animados, acho. Fomos almoçar num restaurante de uma amiga do pessoal aqui, chamada Joelma. Ela é casada com um coreano e resolveu abrir um restaurante de comida brasileira. Chamado, claro, Copacabana. Só podia ser isso. Ou Garota de Ipanema.
Almoçamos lá (eu comi uma lasanha de 4 queijos em um restaurante brasileiro na Coreia do Sul, nice, uh?) e depois fui com meu irmão até o principal palácio da cidade, chamado (pegando o guia...) Gyeongbokgung. Como era feriado, estava fechado, mas ainda assim tinha muita gente na frente tirando fotos e bla. Engraçado que a maioria era coreano mesmo. O palácio, por fora, parece ser imenso e a arquitetura é realmente muito bonita. É um tanto mais sóbria do que coisas da China, por exemplo, sem exageros, pois reflete os ideais confucianos de simplicidade.
Tiramos uma ou duas fotos por lá e fomos andando até uma ruazinha linda, que fica em Insadong. É uma rua só de pedestres, e em muito aspectos lembra o mercado que eu fui um dia desses, Namdaemun, mas aqui tudo é muito mais bonito, com várias lojinhas e galerias de arte. Os coreanos são muito animados e tem sempre alguém fazendo alguma apresentação de alguma coisa ou jogando algo. Tinha um turbilhão de gente jogando um jogo idiota de jogar um tipo de flecha dentro de um tronco no chão a uns 5 metros. E se você pensa que apenas as crianças brincam em tão criativo jogo, não, a grande maioria era adulto ou velho. Tinha gente de toda a idade, na verdade. Claro que eu fui jogar uma vez, e descobri que é bem mais difícil do que parece, pois não acertei nenhum =|
Voltamos pra casa. Jantei por aqui e depois voltamos ao Copacabana, aonde tomamos umas 3 canecas de chopp. Depois disso, voltei pra casa e dormi.
Acordei surpreendentemente cedo hoje, umas 8h. Tomei café sozinho e esperei as pessoas acordarem. Meu irmão não estava afim de sair, então resolvi sair sozinho mesmo. Já tinha saído sozinho dois dias atrás, mas foi aqui do lado, nem foi tão emocionante. Dessa vez fui bem mais longe, tive até que pegar o metrô. É meio assustador andar sozinho em um lugar tão longe e diferente, as vezes você começa a pensar "dude, where the fuck am I", é um sensação incrível.
Saltei na estação de Dongnimmun e fui caminhando, com meu guia na mão. Andei por uma colina que é cheia de pequenos templos budistas e xamanistas (que convivem pacificamente). Tudo é bem quieto e tem uma atmosfera muito tranquila. Tem uma pedra com um formato esquisito, chamada de Pedra Zen, aonde as pessoas rezam para os filhos mortos. Tem várias oferendas pelo chão, velas, incensos, inclusive doces, pois eles acreditam que mesmo os mortos precisam de comida e nada melhor que doces para crianças. Um lugar meio surreal, ao ponto de você estar caminhando pelas pedras e, escondida da trilha principal, você ver uma mulher sentada na posição de Lótus, rezando, ou meditando, ou sei lá o que. Incrível.
De lá, eu fui subindo cada vez mais, até alguns lugares que pareciam não ter trilha. Uma hora a trilha estava tão escondida que eu parei e fiquei pensando se eu realmente podia subir aquilo. De repente me passa um senhor (me cumprimentou, como muitos fazem por aqui, "Haseyoo") com um poodle do tamanho do meu pé e foi em frente. Ora, eu consigo fazer o caminho que um poodle faz. Fui atrás.
Consegui enfim chegar na trilha principal (que na verdade não passa de uma grande escadaria na pedra). Essa trilha não pegava o caminho dos templos, ia por fora. Acontece que trilhas são a grande diversão dos coreanos. Eles adoram fazer essas caminhadas e as trilhas ficam cheias no final de semana. A cozinheira daqui caminha todo fim de semana. E pessoas de toda a idade fazem isso, é algo impressionante.
Pude comprovar isso hoje, pois a trilha estava cheia de gente. Como é feriado, o povo deve ter aproveitado pra subir a montanha. E quase só tinha coreano, nesse tempo todo só vi um casal de franceses e uma garota americana (que inclusive me deu um "hey", curioso como os ocidentais acabam se sentindo parte de um mesmo grupo. Na verdade é engraçado porque os orientais muitas vezes te cumprimentam por você ser ocidental, aquela coisa de quem quer dizer "seja bem vindo" e os ocidentais te cumprimentam como que dizendo "que bom ver um rosto parecido com o meu". A gente vive sendo cumprimentado por aqui).
Jesus cristo, quanto degrau! Fui subindo até o céu, cheguei lá em cima completamente sem fôlego e (pasmem) morrendo de calor. No final da trilha eu passei por um grupo de coreanos e um deles estava comendo uma tangerina. Quando eu passei ele foi e me deu um pedaço da tangerina dele ahuuhahuahu povo aqui é muito simpático. E foi bem deprimente ver uns senhores idosos já chegando lá em cima com muito mais fôlego do que eu. Triste.
Fiquei lá em cima um tempão. A vista era sensacional e o clima estava muito gostoso. Tinha muita gente lá, fazendo piquenique e tudo o mais. Fiquei quase uma hora lá sentado olhando as pessoas passsarem. Foi algo realmente foda.
Enfim, desci aquela degralhada toda. Atravessei a rua e fui até um parque chamado Independence Park. Pequeno, mas bonito. Nesse parque tive uma visão incrível, que eu nunca pensei que fosse ver: pessoas jogando casualmente Badminton. Bizarro.
Do lado do parque tinha uma grande prisão, que hoje em dia é um museu. No site dizia que estaria fechado hoje, mas para a minha surpresa, estava aberto. Por meros 1500 Wons (uns 3 reais), entrei.
A prisão foi construída pelos japoneses, durante a invasão do começo do século passado. O museu é recheado de comentários sobre como os japoneses eram maus e como os patrióticos coreanos eram duramente reprimidos e tal. Meio exagerado, achei, mas de qualquer forma o museu é muito bacana. Um pouco assustador também. Você passa pelas celas e, claro, dá uma olhada lá dentro. Acontece que eles botam uns manequins caracterizados, o negócio parece uma pessoa mesmo então você toma um puta susto. Tem também várias encenações, de julgamentos, torturas, etc. E não contentes com as encenações, eles ainda botam tudo com falas e bla, então você está andando tranquilo e do nada o boneco solta um grito de dor aterrorizante. Creepy.
Depois do museu vim pra casa, pois estava bem cansado de andar. Comi e tal e agora o cara veio aqui e conectou o meu laptop na rede wireless, o que significa que agora meus textos voltarão a ter acentos (teclados coreanos não tem) /o/
E agora eu estou exausto e vou ficar em casa mesmo.
Não escrevi ontem. Não estava com vontade, acontece. Mas o dia também não foi dos mais animados, acho. Fomos almoçar num restaurante de uma amiga do pessoal aqui, chamada Joelma. Ela é casada com um coreano e resolveu abrir um restaurante de comida brasileira. Chamado, claro, Copacabana. Só podia ser isso. Ou Garota de Ipanema.
Almoçamos lá (eu comi uma lasanha de 4 queijos em um restaurante brasileiro na Coreia do Sul, nice, uh?) e depois fui com meu irmão até o principal palácio da cidade, chamado (pegando o guia...) Gyeongbokgung. Como era feriado, estava fechado, mas ainda assim tinha muita gente na frente tirando fotos e bla. Engraçado que a maioria era coreano mesmo. O palácio, por fora, parece ser imenso e a arquitetura é realmente muito bonita. É um tanto mais sóbria do que coisas da China, por exemplo, sem exageros, pois reflete os ideais confucianos de simplicidade.
Tiramos uma ou duas fotos por lá e fomos andando até uma ruazinha linda, que fica em Insadong. É uma rua só de pedestres, e em muito aspectos lembra o mercado que eu fui um dia desses, Namdaemun, mas aqui tudo é muito mais bonito, com várias lojinhas e galerias de arte. Os coreanos são muito animados e tem sempre alguém fazendo alguma apresentação de alguma coisa ou jogando algo. Tinha um turbilhão de gente jogando um jogo idiota de jogar um tipo de flecha dentro de um tronco no chão a uns 5 metros. E se você pensa que apenas as crianças brincam em tão criativo jogo, não, a grande maioria era adulto ou velho. Tinha gente de toda a idade, na verdade. Claro que eu fui jogar uma vez, e descobri que é bem mais difícil do que parece, pois não acertei nenhum =|
Voltamos pra casa. Jantei por aqui e depois voltamos ao Copacabana, aonde tomamos umas 3 canecas de chopp. Depois disso, voltei pra casa e dormi.
Acordei surpreendentemente cedo hoje, umas 8h. Tomei café sozinho e esperei as pessoas acordarem. Meu irmão não estava afim de sair, então resolvi sair sozinho mesmo. Já tinha saído sozinho dois dias atrás, mas foi aqui do lado, nem foi tão emocionante. Dessa vez fui bem mais longe, tive até que pegar o metrô. É meio assustador andar sozinho em um lugar tão longe e diferente, as vezes você começa a pensar "dude, where the fuck am I", é um sensação incrível.
Saltei na estação de Dongnimmun e fui caminhando, com meu guia na mão. Andei por uma colina que é cheia de pequenos templos budistas e xamanistas (que convivem pacificamente). Tudo é bem quieto e tem uma atmosfera muito tranquila. Tem uma pedra com um formato esquisito, chamada de Pedra Zen, aonde as pessoas rezam para os filhos mortos. Tem várias oferendas pelo chão, velas, incensos, inclusive doces, pois eles acreditam que mesmo os mortos precisam de comida e nada melhor que doces para crianças. Um lugar meio surreal, ao ponto de você estar caminhando pelas pedras e, escondida da trilha principal, você ver uma mulher sentada na posição de Lótus, rezando, ou meditando, ou sei lá o que. Incrível.
De lá, eu fui subindo cada vez mais, até alguns lugares que pareciam não ter trilha. Uma hora a trilha estava tão escondida que eu parei e fiquei pensando se eu realmente podia subir aquilo. De repente me passa um senhor (me cumprimentou, como muitos fazem por aqui, "Haseyoo") com um poodle do tamanho do meu pé e foi em frente. Ora, eu consigo fazer o caminho que um poodle faz. Fui atrás.
Consegui enfim chegar na trilha principal (que na verdade não passa de uma grande escadaria na pedra). Essa trilha não pegava o caminho dos templos, ia por fora. Acontece que trilhas são a grande diversão dos coreanos. Eles adoram fazer essas caminhadas e as trilhas ficam cheias no final de semana. A cozinheira daqui caminha todo fim de semana. E pessoas de toda a idade fazem isso, é algo impressionante.
Pude comprovar isso hoje, pois a trilha estava cheia de gente. Como é feriado, o povo deve ter aproveitado pra subir a montanha. E quase só tinha coreano, nesse tempo todo só vi um casal de franceses e uma garota americana (que inclusive me deu um "hey", curioso como os ocidentais acabam se sentindo parte de um mesmo grupo. Na verdade é engraçado porque os orientais muitas vezes te cumprimentam por você ser ocidental, aquela coisa de quem quer dizer "seja bem vindo" e os ocidentais te cumprimentam como que dizendo "que bom ver um rosto parecido com o meu". A gente vive sendo cumprimentado por aqui).
Jesus cristo, quanto degrau! Fui subindo até o céu, cheguei lá em cima completamente sem fôlego e (pasmem) morrendo de calor. No final da trilha eu passei por um grupo de coreanos e um deles estava comendo uma tangerina. Quando eu passei ele foi e me deu um pedaço da tangerina dele ahuuhahuahu povo aqui é muito simpático. E foi bem deprimente ver uns senhores idosos já chegando lá em cima com muito mais fôlego do que eu. Triste.
Fiquei lá em cima um tempão. A vista era sensacional e o clima estava muito gostoso. Tinha muita gente lá, fazendo piquenique e tudo o mais. Fiquei quase uma hora lá sentado olhando as pessoas passsarem. Foi algo realmente foda.
Enfim, desci aquela degralhada toda. Atravessei a rua e fui até um parque chamado Independence Park. Pequeno, mas bonito. Nesse parque tive uma visão incrível, que eu nunca pensei que fosse ver: pessoas jogando casualmente Badminton. Bizarro.
Do lado do parque tinha uma grande prisão, que hoje em dia é um museu. No site dizia que estaria fechado hoje, mas para a minha surpresa, estava aberto. Por meros 1500 Wons (uns 3 reais), entrei.
A prisão foi construída pelos japoneses, durante a invasão do começo do século passado. O museu é recheado de comentários sobre como os japoneses eram maus e como os patrióticos coreanos eram duramente reprimidos e tal. Meio exagerado, achei, mas de qualquer forma o museu é muito bacana. Um pouco assustador também. Você passa pelas celas e, claro, dá uma olhada lá dentro. Acontece que eles botam uns manequins caracterizados, o negócio parece uma pessoa mesmo então você toma um puta susto. Tem também várias encenações, de julgamentos, torturas, etc. E não contentes com as encenações, eles ainda botam tudo com falas e bla, então você está andando tranquilo e do nada o boneco solta um grito de dor aterrorizante. Creepy.
Depois do museu vim pra casa, pois estava bem cansado de andar. Comi e tal e agora o cara veio aqui e conectou o meu laptop na rede wireless, o que significa que agora meus textos voltarão a ter acentos (teclados coreanos não tem) /o/
E agora eu estou exausto e vou ficar em casa mesmo.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Oriente-se! (9) - Mico na Neve
Domingo, 25 de Janeiro, 22h10
Pois depois de tanta coisa acontecendo em uma noite soh, o dia hoje foi bem morto. Essa semana eh um feriado enorme aqui na coreia, quando eles comemoram o ano novo lunar, cuja passagem eh de amanha pra terca. A cidade estah deserta e imagino que museus e coisas do tipo devam estar todos fechados.
Acordei cedo hoje. Li um guia sobre a cidade de Seul quase inteiro e programei alguns passeios para dias por vir. Meu irmao nao estava muito na vibe de dar voltas, entao sai sozinho aqui pela primeira vez. Fui ate um parque que tem aqui pertinho da casa. O parque eh enorme e tem varios jardins, que imagino que na primavera fiquem lindos. Estamos no inverno, porem, entao a paisagem eh ligeiramente diferente. Muito bonito anyway, com suas arvores secas e com neve em todo lugar. Tirei varias fotos e fui presenteado com mais neve caindo. Nunca tinha visto neve caindo antes, entao fiquei muito feliz com isso.
E consegui pagar o meu primeiro mico coreano, embora ninguem tenha visto (entao nao eh mico, ou eh?). Como todos devem saber, gelo eh uma parada que escorrega muito. Tinha uma escada no parque que estava cheia de gelo, mas como estava nevando, nao dava pra ver. Resultado: dei aquela classica escorregada e cai de bunda. E ainda tive sorte de me segurar pra nao ir escada a baixo. Por sorte nao tinha ninguem por perto :D
De resto, nao fiz grandes coisas. Mas destaco o fato de ter comido bife, arroz e feijao, coisas raras por aqui (arroz nem tanto).
Pois depois de tanta coisa acontecendo em uma noite soh, o dia hoje foi bem morto. Essa semana eh um feriado enorme aqui na coreia, quando eles comemoram o ano novo lunar, cuja passagem eh de amanha pra terca. A cidade estah deserta e imagino que museus e coisas do tipo devam estar todos fechados.
Acordei cedo hoje. Li um guia sobre a cidade de Seul quase inteiro e programei alguns passeios para dias por vir. Meu irmao nao estava muito na vibe de dar voltas, entao sai sozinho aqui pela primeira vez. Fui ate um parque que tem aqui pertinho da casa. O parque eh enorme e tem varios jardins, que imagino que na primavera fiquem lindos. Estamos no inverno, porem, entao a paisagem eh ligeiramente diferente. Muito bonito anyway, com suas arvores secas e com neve em todo lugar. Tirei varias fotos e fui presenteado com mais neve caindo. Nunca tinha visto neve caindo antes, entao fiquei muito feliz com isso.
E consegui pagar o meu primeiro mico coreano, embora ninguem tenha visto (entao nao eh mico, ou eh?). Como todos devem saber, gelo eh uma parada que escorrega muito. Tinha uma escada no parque que estava cheia de gelo, mas como estava nevando, nao dava pra ver. Resultado: dei aquela classica escorregada e cai de bunda. E ainda tive sorte de me segurar pra nao ir escada a baixo. Por sorte nao tinha ninguem por perto :D
De resto, nao fiz grandes coisas. Mas destaco o fato de ter comido bife, arroz e feijao, coisas raras por aqui (arroz nem tanto).
sábado, 24 de janeiro de 2009
Oriente-se! (8) - Ressaca na Neve
Sabado, 24 de Janeiro, 23h10 (12h10 no Brasil)
Hoje nevou pela primeira vez desde que eu cheguei em Seul. O que significa que a temperatura aumentou, pois pelo o que disseram a neve soh cai quando a temperatura estah perto de zero. Mas nao pude ver muita coisa, pois a noite ontem foi mais animada do que deveria ter sido.
Fomos a um bar em Itaewon, chamado Woodstock, que toca uns rock and roll e tal, tem banda ao vivo, sinuca, muito legal o bar. Ficamos sentado tomando uma cerveja, observando o dono do bar, um coreano velhinho jah, jogar sinuca com outro cara. O coreano eh o GENIO da sinuca, absurdo ver ele jogando. Depois eu reparei que tem varios trofeus de sinuca nas prateleiras, o cara eh bom mesmo. Faltava uma bola pra ele ganhar o jogo quando ele vem, me dah o taco e fala 'go kick his ass' huahuauhuhauha.
Fiquei moh sem graca mas fui lah jogar. Consegui perder, pq o outro cara era muito bom tb, e eu estava nervoso, errei tudo. Depois de jogar duas partidas com meu irmao e destrui-lo nas duas, minha moral se reestabeleceu /o/
Tem umas coreanas muito bonitas por aqui. Tinha uma garconete que estava se agarrando com um americano lah que tinha os maiores peitos do mundo. Mas a maioria no bar era turista, sendo que desses 80% era americano. Teve uma coreana que ficou me dando mole, falando que meu cabelo era bonito e bla. Acho que eh bem incomum por aqui, nao vi nenhum cabeludo por aqui ateh agora (soh o dono do bar, mas ele eh velhinho e tah sempre com o cabelo preso atras de um bone).
Enfim, foi uma noite bem legal, exceto por um australiano idiota que queria arrumar confusao com a gente. Acusou meu irmao de ter roubado a carteira dele. Eles estavam quase saindo na porrada, eu tive que intervir. Deu pra ver que o cara estava doidao e que soh queria arrumar uma briga, pq a carteira dele estava no bolso dele. Depois ele meio que foi embora, mas descobri que ele estava na porta do banheiro. Fui no banheiro uma hora ai ele veio falar comigo, perguntar aonde estava meio irmao, pq queria 'resolver' isso com ele. E ficou querendo brigar comigo tb. Sorte que eu sou um cara muito calmo com essas coisas, senao ia dar merda. Mas conversei com ele, enchi tanto o saco dele que consegui convence-lo a ir embora.
Depois disso o velhinho dono do bar ficou moh meu amigo, falando que tinha gostado da gente e agradecido por eu ter tirado o australiano imbecil de lah, acabou dando duas doses de tequila pra gente. Eu nem tava na vibe de beber, mas moh falta de educacao recusar neh. Acabou que a tequila junto com umas 5 cervejas nem cairam tao bem assim.
Fomos embora e dormimos, acordei hoje com uma dor de cabeca inexplicavel e fiquei boa parte do dia enjoado. Nevou de leve de manha, o suficiente pra deixar boa parte da paixagem branca. O jardim da casa ficou lindo, tirei umas fotos de tarde. Mas de resto ficamos em casa, pois bateu um cansaco grande alem de tudo. Acho que efeito da longa viagem ainda.
Agora de noite jantamos e fomos ver um filme coreano, chamado Seopyeonje. Conta a historia de uma familia pobre dedicada a arte do Pansori, que eh uma especie de canto acompanhado de um tambor. O filme eh de uma beleza cinematografica incrivel e eh muito triste. Meio parado de mais e tem algumas coisas meio sem sentido pra nossas mentes ocidentais, mas mesmo assim foi uma boa experiencia.
Agora estou ficando com sono e vou direto pra cama. O frio aliviou um pouco mas continua grande. Ontem tinham algumas pocas de agua no chao que ficaram totalmente congeladas com o frio.
(Alias, historinha engracada: uma vez meu irmao saiu a noite e encheu a cara. Voltando do bar, ficou super apertado e mijou na frente da casa mesmo. Pra disfarcar e dar uma limpada, o empregado daqui (que eh nosso amigo, sai com a gente e tal) jogou um balde dagua no xixi. De manha, a agua tinha escorrido pela rua (eh uma ladeira) e tinha congelado completamente, de uma maneira que os carros nao conseguiam subir a rua. A rua foi interditada, chamaram os bombeiros e tal, moh confusao. O empregado disse que foi o cachorro que tinha mijado ahuahuhuahuahu)
Adeus =)
Hoje nevou pela primeira vez desde que eu cheguei em Seul. O que significa que a temperatura aumentou, pois pelo o que disseram a neve soh cai quando a temperatura estah perto de zero. Mas nao pude ver muita coisa, pois a noite ontem foi mais animada do que deveria ter sido.
Fomos a um bar em Itaewon, chamado Woodstock, que toca uns rock and roll e tal, tem banda ao vivo, sinuca, muito legal o bar. Ficamos sentado tomando uma cerveja, observando o dono do bar, um coreano velhinho jah, jogar sinuca com outro cara. O coreano eh o GENIO da sinuca, absurdo ver ele jogando. Depois eu reparei que tem varios trofeus de sinuca nas prateleiras, o cara eh bom mesmo. Faltava uma bola pra ele ganhar o jogo quando ele vem, me dah o taco e fala 'go kick his ass' huahuauhuhauha.
Fiquei moh sem graca mas fui lah jogar. Consegui perder, pq o outro cara era muito bom tb, e eu estava nervoso, errei tudo. Depois de jogar duas partidas com meu irmao e destrui-lo nas duas, minha moral se reestabeleceu /o/
Tem umas coreanas muito bonitas por aqui. Tinha uma garconete que estava se agarrando com um americano lah que tinha os maiores peitos do mundo. Mas a maioria no bar era turista, sendo que desses 80% era americano. Teve uma coreana que ficou me dando mole, falando que meu cabelo era bonito e bla. Acho que eh bem incomum por aqui, nao vi nenhum cabeludo por aqui ateh agora (soh o dono do bar, mas ele eh velhinho e tah sempre com o cabelo preso atras de um bone).
Enfim, foi uma noite bem legal, exceto por um australiano idiota que queria arrumar confusao com a gente. Acusou meu irmao de ter roubado a carteira dele. Eles estavam quase saindo na porrada, eu tive que intervir. Deu pra ver que o cara estava doidao e que soh queria arrumar uma briga, pq a carteira dele estava no bolso dele. Depois ele meio que foi embora, mas descobri que ele estava na porta do banheiro. Fui no banheiro uma hora ai ele veio falar comigo, perguntar aonde estava meio irmao, pq queria 'resolver' isso com ele. E ficou querendo brigar comigo tb. Sorte que eu sou um cara muito calmo com essas coisas, senao ia dar merda. Mas conversei com ele, enchi tanto o saco dele que consegui convence-lo a ir embora.
Depois disso o velhinho dono do bar ficou moh meu amigo, falando que tinha gostado da gente e agradecido por eu ter tirado o australiano imbecil de lah, acabou dando duas doses de tequila pra gente. Eu nem tava na vibe de beber, mas moh falta de educacao recusar neh. Acabou que a tequila junto com umas 5 cervejas nem cairam tao bem assim.
Fomos embora e dormimos, acordei hoje com uma dor de cabeca inexplicavel e fiquei boa parte do dia enjoado. Nevou de leve de manha, o suficiente pra deixar boa parte da paixagem branca. O jardim da casa ficou lindo, tirei umas fotos de tarde. Mas de resto ficamos em casa, pois bateu um cansaco grande alem de tudo. Acho que efeito da longa viagem ainda.
Agora de noite jantamos e fomos ver um filme coreano, chamado Seopyeonje. Conta a historia de uma familia pobre dedicada a arte do Pansori, que eh uma especie de canto acompanhado de um tambor. O filme eh de uma beleza cinematografica incrivel e eh muito triste. Meio parado de mais e tem algumas coisas meio sem sentido pra nossas mentes ocidentais, mas mesmo assim foi uma boa experiencia.
Agora estou ficando com sono e vou direto pra cama. O frio aliviou um pouco mas continua grande. Ontem tinham algumas pocas de agua no chao que ficaram totalmente congeladas com o frio.
(Alias, historinha engracada: uma vez meu irmao saiu a noite e encheu a cara. Voltando do bar, ficou super apertado e mijou na frente da casa mesmo. Pra disfarcar e dar uma limpada, o empregado daqui (que eh nosso amigo, sai com a gente e tal) jogou um balde dagua no xixi. De manha, a agua tinha escorrido pela rua (eh uma ladeira) e tinha congelado completamente, de uma maneira que os carros nao conseguiam subir a rua. A rua foi interditada, chamaram os bombeiros e tal, moh confusao. O empregado disse que foi o cachorro que tinha mijado ahuahuhuahuahu)
Adeus =)
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Oriente-se! (7) - Frio!
Sexta-feira, 23 de Janeiro, 19h16 (8h no Brasil)
Engraçado que ontem quando eu cheguei no aeroporto eu dei uma saída do aeroporto com meu irmão pra ele fumar um cigarro e pra eu ver o clima. Achei muito frio, mas encarei tranquilo, pensando "ah, bem suportável". Pois eu descobri que ontem o tempo tinha dado uma aliviada e que o frio pesado deveria voltar hoje. O frio pesado voltou hoje.
Jesus Cristo, que frio! Sair sem luvas foi um verdadeiro suicídio e em 15 minutos eu não estava mais conseguindo sentir minha mão. Minhas orelhas então, foram pro espaço. O frio é tanto que seu corpo fica todo duro, a tal ponto que eu não conseguia falar direito pois meu maxilar não parecia estar mexendo muito bem. Primeira coisa que eu fiz foi comprar luvas e quero comprar um gorro e um cachecol, porque a parada aqui é realmente assustadora.
Felizmente a minha mala já foi encontrada e deve chegar aqui em casa a qualquer momento agora. Nela está o meu casacão com gorro, que vai ser muito bem vindo.
Hoje não fizemos nada especial, apenas andamos pela cidade. De manhã eu acordei, tomei café e fui aqui perto com meu irmão. Tem uma rua grande aqui chamada Itaewon, que pelo o que eu entendi é um dos lugares mais badalados da cidade, cheio de bares, puteros e tudo mais que você imaginar (tinha até um puteiro chamado "Peep a Hole", com a imagem de uma mulher e uma fechadura no logo, e embaixo tinha escrito "just a bar". Yeah right). Esse lugar fica cheio a noite e é um reduto de turistas, embora de dia eu tenha visto muito poucos.
Voltamos pra casa depois e fomos almoçar. A coisa aqui em casa é toda muito formal, as refeições meio que tem horários e tem toda um ritual na hora de comer e se servir e bla. Nada de coisa oriental não, é coisa de embaixadas e lugares chiques mesmo (pra quem não sabe, a tia do meu irmão é a embaixadora do Brasil na Coréia do Sul e a gente está ficando na casa dela). A comida aqui é muito esquisita, extremamente temperada e forte. A cozinheira é coreana, claro.
Depois do almoço fomos de ônibus até meio que o centro da cidade, aonde tem o maior mercado da Coréia, chamado Namdaemun. Tem de tudo lá e os preços são bons. No fundo parece uma Uruguaiana da vida, mas é muito mais organizada e limpa e as pessoas são muito mais educadas. A educação aliás é uma das marcas do povo coreano. Dizem que depois que o país foi devastado pelo Japão na Segunda Guerra Mundial, o governo começou a investir pesado em educação, e hoje podemos ver os frutos disso.
Demos umas voltas, aonde eu comprei minhas luvas. Depois sentamos em um bar subterrâneo (tem um mundo subterrâneo por aqui, tem até shopping) e tomamos uma cerveja. Tomei uma cerveja coreana chama Cass, gostosa até. Depois andamos um pouco mais pelo centro e pegamos o ônibus (lotado) de volta pra casa.
Aliviado pela presença de um aquecimento, sentei aqui no computador e estou esperando o jantar ser servido. Agora de noite talvez iremos dar uma volta em Itaewon, mas ainda não sei, o frio é grande.
Engraçado que ontem quando eu cheguei no aeroporto eu dei uma saída do aeroporto com meu irmão pra ele fumar um cigarro e pra eu ver o clima. Achei muito frio, mas encarei tranquilo, pensando "ah, bem suportável". Pois eu descobri que ontem o tempo tinha dado uma aliviada e que o frio pesado deveria voltar hoje. O frio pesado voltou hoje.
Jesus Cristo, que frio! Sair sem luvas foi um verdadeiro suicídio e em 15 minutos eu não estava mais conseguindo sentir minha mão. Minhas orelhas então, foram pro espaço. O frio é tanto que seu corpo fica todo duro, a tal ponto que eu não conseguia falar direito pois meu maxilar não parecia estar mexendo muito bem. Primeira coisa que eu fiz foi comprar luvas e quero comprar um gorro e um cachecol, porque a parada aqui é realmente assustadora.
Felizmente a minha mala já foi encontrada e deve chegar aqui em casa a qualquer momento agora. Nela está o meu casacão com gorro, que vai ser muito bem vindo.
Hoje não fizemos nada especial, apenas andamos pela cidade. De manhã eu acordei, tomei café e fui aqui perto com meu irmão. Tem uma rua grande aqui chamada Itaewon, que pelo o que eu entendi é um dos lugares mais badalados da cidade, cheio de bares, puteros e tudo mais que você imaginar (tinha até um puteiro chamado "Peep a Hole", com a imagem de uma mulher e uma fechadura no logo, e embaixo tinha escrito "just a bar". Yeah right). Esse lugar fica cheio a noite e é um reduto de turistas, embora de dia eu tenha visto muito poucos.
Voltamos pra casa depois e fomos almoçar. A coisa aqui em casa é toda muito formal, as refeições meio que tem horários e tem toda um ritual na hora de comer e se servir e bla. Nada de coisa oriental não, é coisa de embaixadas e lugares chiques mesmo (pra quem não sabe, a tia do meu irmão é a embaixadora do Brasil na Coréia do Sul e a gente está ficando na casa dela). A comida aqui é muito esquisita, extremamente temperada e forte. A cozinheira é coreana, claro.
Depois do almoço fomos de ônibus até meio que o centro da cidade, aonde tem o maior mercado da Coréia, chamado Namdaemun. Tem de tudo lá e os preços são bons. No fundo parece uma Uruguaiana da vida, mas é muito mais organizada e limpa e as pessoas são muito mais educadas. A educação aliás é uma das marcas do povo coreano. Dizem que depois que o país foi devastado pelo Japão na Segunda Guerra Mundial, o governo começou a investir pesado em educação, e hoje podemos ver os frutos disso.
Demos umas voltas, aonde eu comprei minhas luvas. Depois sentamos em um bar subterrâneo (tem um mundo subterrâneo por aqui, tem até shopping) e tomamos uma cerveja. Tomei uma cerveja coreana chama Cass, gostosa até. Depois andamos um pouco mais pelo centro e pegamos o ônibus (lotado) de volta pra casa.
Aliviado pela presença de um aquecimento, sentei aqui no computador e estou esperando o jantar ser servido. Agora de noite talvez iremos dar uma volta em Itaewon, mas ainda não sei, o frio é grande.
Oriente-se! (6) - Coreia
Quinta, meia noite e vinte.
Pois sabem aquela correria no aeroporto de Hong Kong? Minha mala não aguentou o ritmo e ficou por lá mesmo. Reclamei horrores no aeroporto aqui em Seul, me prometeram que amanha minha mala chega e que eles mandarão sem demora diretamente para minha residencia.
Sim, estou em Seul, em uma residencia, finalmente cheguei e estou confortavelmente instalado em uma cama :D O clima aqui está realmente gelado. Nunca tinha pegado um frio assim, parece que sua pele está sendo cortada. Mas é agradável até, principalmente depois do verão horrivel do rio de janeiro. De qualquer forma, não fiquei muito tempo na rua e todo lugar aqui tem aquecimento e tal, então ainda nao tive que enfrentar o frio de verdade.
Meu primeiro passeio em Seul não foi tao legal. É feriado aqui essa semana (segunda feira começa o ano novo deles) e o transito, que já não é dos melhores, está uma confusão. Ficamos algum tempo parados no trânsito, eu achando já me bastavam as longas horas dentro de um avião. Inocência minha.
De qualquer forma, chegamos. A casa é muito bonita e eu tenho um quarto só pra mim e ele é grande e minha cama é grande e tem uma tv grande e, e, e :D
Pois sabem aquela correria no aeroporto de Hong Kong? Minha mala não aguentou o ritmo e ficou por lá mesmo. Reclamei horrores no aeroporto aqui em Seul, me prometeram que amanha minha mala chega e que eles mandarão sem demora diretamente para minha residencia.
Sim, estou em Seul, em uma residencia, finalmente cheguei e estou confortavelmente instalado em uma cama :D O clima aqui está realmente gelado. Nunca tinha pegado um frio assim, parece que sua pele está sendo cortada. Mas é agradável até, principalmente depois do verão horrivel do rio de janeiro. De qualquer forma, não fiquei muito tempo na rua e todo lugar aqui tem aquecimento e tal, então ainda nao tive que enfrentar o frio de verdade.
Meu primeiro passeio em Seul não foi tao legal. É feriado aqui essa semana (segunda feira começa o ano novo deles) e o transito, que já não é dos melhores, está uma confusão. Ficamos algum tempo parados no trânsito, eu achando já me bastavam as longas horas dentro de um avião. Inocência minha.
De qualquer forma, chegamos. A casa é muito bonita e eu tenho um quarto só pra mim e ele é grande e minha cama é grande e tem uma tv grande e, e, e :D
Oriente-se! (5) - Hong Kong
Quinta feira, 14h
Hong Kong? Não vi.
Depois de quase morrer de sono esperando meu voo em Johannesburg, entrei no avião que em 12h chegaria em Hong Kong. Não bastasse o sono, o aviao ainda atrasou quase uma hora. O atraso foi responsável por uma bela correria ao chegar em Hong Kong. Saindo do tunel já tinha uma mulher gritando o meu nome (e de mais umas 5 pessoas) que deveriam estar embarcando naquele momento no aviao da asiana airlines. Assim, fomos correndo (literalmente) até o portao de embarque, que nao era exatamente perto e entramos correndo no aviao, aonde estou agora.
De qualquer forma, o voo pra hong kong foi bem tranquilo tambem. Dormi como um anjo durante quase 6h, depois aguentei o tedio como pude, até house eu vi :o
Agora estou a menos de duas horas de Seul, enfim. Aqui são umas 2h da tarde, está um belo sol e o visual aqui em cima das nuvens é lindo, até consegui tirar uma foto :D daqui a pouco chegarei ao frio coreano e espero nao ter dificuldades em encontrar meu irmao e minha tia por lá.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Oriente-se! (4) - Johannersburg
21 de Janeiro, 8h30 (4h30 no Brasil)
Johannesburg nao me parece tao acolhedor.
Logo que entrei no aeroporto um guarda me chamou e pediu meu passaporte e revistou todas as minhas coisas. Soh pq eu sou cabeludo, aposto. Depois de perceber que claramente eu nao estava com o intuito de contrabandear nada, ele me liberou, eu andei uns 20 passos e outro guarda me parou querendo fazer a mesma coisa. What's wrong with these people?
Primeira coisa que eu fiz foi trocar dinheiro. Com 20 dolares consegui 143 Rands. Moh animador. Ai fui dar uma olhada nos precos das coisas aqui no aeroporto e CACETE! Eu nao sei se eles resolvem enfiar a mao aqui no aeroporto pq sabem que todo mundo chega aqui cheio de dolar e ficar rico ou se em todo lugar eh assim, mas as coisas soa incrivelmente caras. Eu poderia trocar mais dinheiro, mas fiquei triste com a vida.
E on ingles dessa galera? Eu moh felizao achando que ia sacar tudo jah que aqui o ingles eh um dos idiomas oficiais, mas puta merda. De 20 palavras que eles falam eu entendo 3. Nem estou animado de ir dar uma volta na cidade, pelo andar da carruagem o taxi vai ser um assalto e eu nao vou conseguir explicar nada pro taxista. Mas eh bom eu ficar por aqui mesmo, pq eu dormi moh pouco no aviao e estou morrendo de sono no momento.
Mas falando de coisas boas, o voo foi perfeito. E o aeroporto eh muito bonito, tem algumas obras ainda, imagino que pra copa, mas jah estah tudo muito limpo e organizado. E na verdade uma ou duas pessoas foram bem simpaticas por aqui.
Curiosidade: o banheiro que eu fui nao tinha pias. A 'pia' era um bloco de marmore enorme, meio inclinado pro lado da parede, de modo que a agua caia e descia entre o bloco e a parede. Estranho.
21 de Janeiro, 9h30 (5h30 no Brasil)
Cacete! Fui perguntar agora, um taxi pro zoologico ou pro AfricanMuseum custa malditos 300 rands. Ida e volta iam dar quase 100 dolares. Absurdo. E eu achando que ia ser rico por aqui =/
Sinto que serei obrigado a ficar aqui mesmo, mofando e tentando ficar acordado. Pelo menos agora achei essa internet cafe por precos nao tao abusivos e pude postar isso /o/
Johannesburg nao me parece tao acolhedor.
Logo que entrei no aeroporto um guarda me chamou e pediu meu passaporte e revistou todas as minhas coisas. Soh pq eu sou cabeludo, aposto. Depois de perceber que claramente eu nao estava com o intuito de contrabandear nada, ele me liberou, eu andei uns 20 passos e outro guarda me parou querendo fazer a mesma coisa. What's wrong with these people?
Primeira coisa que eu fiz foi trocar dinheiro. Com 20 dolares consegui 143 Rands. Moh animador. Ai fui dar uma olhada nos precos das coisas aqui no aeroporto e CACETE! Eu nao sei se eles resolvem enfiar a mao aqui no aeroporto pq sabem que todo mundo chega aqui cheio de dolar e ficar rico ou se em todo lugar eh assim, mas as coisas soa incrivelmente caras. Eu poderia trocar mais dinheiro, mas fiquei triste com a vida.
E on ingles dessa galera? Eu moh felizao achando que ia sacar tudo jah que aqui o ingles eh um dos idiomas oficiais, mas puta merda. De 20 palavras que eles falam eu entendo 3. Nem estou animado de ir dar uma volta na cidade, pelo andar da carruagem o taxi vai ser um assalto e eu nao vou conseguir explicar nada pro taxista. Mas eh bom eu ficar por aqui mesmo, pq eu dormi moh pouco no aviao e estou morrendo de sono no momento.
Mas falando de coisas boas, o voo foi perfeito. E o aeroporto eh muito bonito, tem algumas obras ainda, imagino que pra copa, mas jah estah tudo muito limpo e organizado. E na verdade uma ou duas pessoas foram bem simpaticas por aqui.
Curiosidade: o banheiro que eu fui nao tinha pias. A 'pia' era um bloco de marmore enorme, meio inclinado pro lado da parede, de modo que a agua caia e descia entre o bloco e a parede. Estranho.
21 de Janeiro, 9h30 (5h30 no Brasil)
Cacete! Fui perguntar agora, um taxi pro zoologico ou pro AfricanMuseum custa malditos 300 rands. Ida e volta iam dar quase 100 dolares. Absurdo. E eu achando que ia ser rico por aqui =/
Sinto que serei obrigado a ficar aqui mesmo, mofando e tentando ficar acordado. Pelo menos agora achei essa internet cafe por precos nao tao abusivos e pude postar isso /o/
Oriente-se! (3) - No Aviao
20 de Janeiro, 23h
Po, tecnologia me assusta um pouco.
Estou nesse momento dentro de um aviao enorme, em algum lugar do atlantico, vendo Big Bang Theory na tv portatil da minha poltrona e escrevendo isso no laptop da minha mae.
Eu tava com a impressao de que 9h de voo iam causar um tedio absurdo, por isso procurei arranjar varias coisas pra fazer: palavras cruzadas, livros, ipod, notebook, etc. E turns out que eu acho que nao precisaria de nada disso, pois esse aviao eh magico. Ele tem tudo assim nessa tvzinha. Serio, tudo. Filmes? Tem 44, desde Batman ate a Duquesa, passando por o Diabo Veste Prada e os Simpsons. Series? Bib Bang Theory, House, 24 Horas. Musicas? Tem mais de 50 cd's, incluindo Pink Floyd e Queen. Jogos? Tem poker, blackjack e mais uns 10 que eu fiquei com preguica de olhar.
Mas o mais legal de tudo eh a camera. Eles tem uma camera instalada na cauda do aviao e voce pode ver as imagens dela aqui nessa tv. Claro que no momento, a 11 mil metros e na total escuridao, isso nao eh tao legal, mas vou dizer que a decolagem foi moh emocionante pra caralho =D
Acabou que embora o voo esteja lotado, eu dei sorte e fiquei com um lugar vago do meu lado. Do lado do lugar vago tem um africano moh paizao que moh tah cuidando de mim assim. Toda hora ele vem me dizer que eu posso apertar tal botao pra ligar a luz ou que tal outro botao faz isso ou que eu posso botar meu copo no buraquinho da bandeja. Sabe, eu sei de todas essas coisas. E a pior parte eh que ele nao parece falar nada de ingles, nao entende nada que eu falo (mas tb, poucos entendem).
O jantar foi bife com macarrao e legumes, e estava supreendentemente gostoso. Confesso que estava meio receoso de pegar uma companhia africana, mas ateh agora foi tudo excelente. Agora vou tentar dormir um pouco no meio de todo esse entretenimento, aproveitando agora que as luzes foram apagadas :D
21 de Janeiro, 2h.
Po, mal consegui dormir 1h30 e jah acordei LIGADAO. E descobri que aparentemente eu sou um genio no xadrez (sim, tambem tem xadrez aqui). Ganhei uma partida no medio e resolvi jogar uma no dificil e acabei ganhando com mais facilidade ainda :o
Po, tecnologia me assusta um pouco.
Estou nesse momento dentro de um aviao enorme, em algum lugar do atlantico, vendo Big Bang Theory na tv portatil da minha poltrona e escrevendo isso no laptop da minha mae.
Eu tava com a impressao de que 9h de voo iam causar um tedio absurdo, por isso procurei arranjar varias coisas pra fazer: palavras cruzadas, livros, ipod, notebook, etc. E turns out que eu acho que nao precisaria de nada disso, pois esse aviao eh magico. Ele tem tudo assim nessa tvzinha. Serio, tudo. Filmes? Tem 44, desde Batman ate a Duquesa, passando por o Diabo Veste Prada e os Simpsons. Series? Bib Bang Theory, House, 24 Horas. Musicas? Tem mais de 50 cd's, incluindo Pink Floyd e Queen. Jogos? Tem poker, blackjack e mais uns 10 que eu fiquei com preguica de olhar.
Mas o mais legal de tudo eh a camera. Eles tem uma camera instalada na cauda do aviao e voce pode ver as imagens dela aqui nessa tv. Claro que no momento, a 11 mil metros e na total escuridao, isso nao eh tao legal, mas vou dizer que a decolagem foi moh emocionante pra caralho =D
Acabou que embora o voo esteja lotado, eu dei sorte e fiquei com um lugar vago do meu lado. Do lado do lugar vago tem um africano moh paizao que moh tah cuidando de mim assim. Toda hora ele vem me dizer que eu posso apertar tal botao pra ligar a luz ou que tal outro botao faz isso ou que eu posso botar meu copo no buraquinho da bandeja. Sabe, eu sei de todas essas coisas. E a pior parte eh que ele nao parece falar nada de ingles, nao entende nada que eu falo (mas tb, poucos entendem).
O jantar foi bife com macarrao e legumes, e estava supreendentemente gostoso. Confesso que estava meio receoso de pegar uma companhia africana, mas ateh agora foi tudo excelente. Agora vou tentar dormir um pouco no meio de todo esse entretenimento, aproveitando agora que as luzes foram apagadas :D
21 de Janeiro, 2h.
Po, mal consegui dormir 1h30 e jah acordei LIGADAO. E descobri que aparentemente eu sou um genio no xadrez (sim, tambem tem xadrez aqui). Ganhei uma partida no medio e resolvi jogar uma no dificil e acabei ganhando com mais facilidade ainda :o
Oriente-se! (2) - Sao Paulo
20 de Janeiro, 14h.
Sem grandes problemas, chego a Sao Paulo. Ainda faltam 4h pro meu voo sair e o tedio ja comeca a me assombrar.
A vinda foi tranquila. Fui ao lado de dois argentinos que nao pararam de tagarelar o voo inteiro, foi ate bom pra treinar o espanhol. A viagem, claro, foi tao curta que nem deu tempo de ficar entediado, quando eu resolvi pegar meu Ipod eu soh consegui ouvir duas musicas e o aviao jah estava pousando em Guarulhos.
Falando em aviao, eh engracado que eu jah cansei de viajar de aviao na minha vida, mas ateh hoje eu sinto um certo frio na barriga em alguns momentos. E por mais que seja seguro, bla bla bla, na hora que comeca aquela turbulencia classica eu sempre agarro o braco da poltrona inconscientemente.
No momento, estou sentado em uma lanchonete tomando uma limonada suica e esperando o tempo passar.
(e como assim eu nao posso levar shampoos com mais de 100 ml na mala de mao? No dia que eu conseguir fazer uma bomba com isso a minha vida vai ser um tanto divertida).
16h
Cacete, filas gigantes! Nao achei que fosse pegar filas, mas tinha um time feminino idiota de algum esporte idiota que eu nao consegui identificar (mas elas deviam ser boas, pq tinha um trofeu grandao com elas) que formou uma fila enorme, tanto pra fazer o check in como pra embarcar.
Fora isso eu apenas fiquei lendo o Stonehenge, do Cornwell e comi no McDonald's, no meio de um excursao gigantesca pra disney. Os uniformes dessas excursoes sao sempre ridiculos, odessa eh uma amarelo vivo horroroso. Triste.
Sem grandes problemas, chego a Sao Paulo. Ainda faltam 4h pro meu voo sair e o tedio ja comeca a me assombrar.
A vinda foi tranquila. Fui ao lado de dois argentinos que nao pararam de tagarelar o voo inteiro, foi ate bom pra treinar o espanhol. A viagem, claro, foi tao curta que nem deu tempo de ficar entediado, quando eu resolvi pegar meu Ipod eu soh consegui ouvir duas musicas e o aviao jah estava pousando em Guarulhos.
Falando em aviao, eh engracado que eu jah cansei de viajar de aviao na minha vida, mas ateh hoje eu sinto um certo frio na barriga em alguns momentos. E por mais que seja seguro, bla bla bla, na hora que comeca aquela turbulencia classica eu sempre agarro o braco da poltrona inconscientemente.
No momento, estou sentado em uma lanchonete tomando uma limonada suica e esperando o tempo passar.
(e como assim eu nao posso levar shampoos com mais de 100 ml na mala de mao? No dia que eu conseguir fazer uma bomba com isso a minha vida vai ser um tanto divertida).
16h
Cacete, filas gigantes! Nao achei que fosse pegar filas, mas tinha um time feminino idiota de algum esporte idiota que eu nao consegui identificar (mas elas deviam ser boas, pq tinha um trofeu grandao com elas) que formou uma fila enorme, tanto pra fazer o check in como pra embarcar.
Fora isso eu apenas fiquei lendo o Stonehenge, do Cornwell e comi no McDonald's, no meio de um excursao gigantesca pra disney. Os uniformes dessas excursoes sao sempre ridiculos, odessa eh uma amarelo vivo horroroso. Triste.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Oriente-se Com Devlin! (1) - Partiu Coréia!
20 de Janeiro, 1h.
Eu sou um cara bastante ligado em memórias. Me amarro em ficar lembrando dos velhos tempos, em ver fotos antigas, gosto de fazer diários e eu não me surpreenderia se quando eu ficar velho eu resolver escrever minhas memórias, por mais sem graça que elas possam parecer. Seria pra mim mesmo, ninguém precisaria ler.
Dessa forma, eu gosto de registrar as coisas e existem alguns eventos que merecem ser registrados da melhor maneira possível. Viagens são um bom exemplo e quando estamos falando de uma viagem de um mês pra Coréia do Sul, registros não são apenas merecidos, mas necessários.
Pois acontece que em algumas horas eu estarei em um avião indo para a Coréia do Sul.
Normalmente não gosto de usar esse blog como um diário ou coisas do tipo, mas vou abrir exceção para essa viagem e estou inaugurando com esse post a série Oriente-se com Devlin!
Os Preparativos
Essa viagem apareceu um tanto de última hora e eu só recebi o convite há menos de dois meses atrás. E inicialmente eu ia em Dezembro mesmo, mas acabei adiando por causa das festas e depois por causa dos preços (quem diria que depois do dia 19 de Janeiro a gente consegue economizar uns bons 400 dólares nessa brincadeira?) e acabei me decidindo pelo dia 20. De lá pra cá tive que renovar o passaporte (estava na validade ainda, mas alguns países exigem que você tenha 6 meses de prazo ainda, o que eu não tinha) e tomar vacina contra Febre Amarela (do contrário você não pode botar os pés na África).
A Viagem
Sim, África, pois não basta ser longe, a viagem tem que ser uma aventura. Acontece que existem várias rotas para se chegar a Seul, passando por Paris, pelos Emirados Arabes e até pelos Estados Unidos, andando contra a direção da Terra. A passagem mais barata, porém, passa pela África. E não apenas na África, mas passa em São Paulo e em Hong Kong também, antes de chegar em Seul. No total então serão agradáveis 26 horas de voo, 1 de Rio pra São Paulo, 9 de São Paulo para Johannesburg, 12 de Johannesburg pra Hong Kong e 4 de Hong Kong pra Seul. Sem contar as 5h que eu vou ficar esperando em São Paulo e as 10h em Johannesburg. Vai ser muito tédio pra uma pessoa só.
A Cidade
Ficarei em Seul, capital e principal cidade da Coréia do Sul. Tem mais de 10 milhões de habitantes, estando entre as 10 cidades mais populosas do mundo. Pelo o que eu li, Seul tem um alto índice de desenvolvimento humano e é uma cidade super bonita e organizada. O problema, no momento, se chama temperatura, pois estamos no inverno por lá, inverno que costuma ser muito rigoroso. Dando uma rápida olhada no weather channel, descobri que no momento a temperatura por lá está em torno de -12 graus, com sensação de -17 e uma fina neve cai do céu. E isso de dia, pois a diferença de fuso horário está em torno de 13h, se não me engano. Para quem atualmente está se esforçando para não derreter no verão carioca, a mudança brusca de temperatura pode ser um tanto assustadora.
...
Pois está ficando tarde e meu voo sai amanhã na hora do almoço. Estou levando o laptop na viagem, então acredito que vou conseguir atualizar isso aqui com relativa frequência. Quem sabe eu não dou sorte de ter uma internet wireless no aeroporto de Johannesburg? Até lá, boa viagem pra mim.
Eu sou um cara bastante ligado em memórias. Me amarro em ficar lembrando dos velhos tempos, em ver fotos antigas, gosto de fazer diários e eu não me surpreenderia se quando eu ficar velho eu resolver escrever minhas memórias, por mais sem graça que elas possam parecer. Seria pra mim mesmo, ninguém precisaria ler.
Dessa forma, eu gosto de registrar as coisas e existem alguns eventos que merecem ser registrados da melhor maneira possível. Viagens são um bom exemplo e quando estamos falando de uma viagem de um mês pra Coréia do Sul, registros não são apenas merecidos, mas necessários.
Pois acontece que em algumas horas eu estarei em um avião indo para a Coréia do Sul.
Normalmente não gosto de usar esse blog como um diário ou coisas do tipo, mas vou abrir exceção para essa viagem e estou inaugurando com esse post a série Oriente-se com Devlin!
Os Preparativos
Essa viagem apareceu um tanto de última hora e eu só recebi o convite há menos de dois meses atrás. E inicialmente eu ia em Dezembro mesmo, mas acabei adiando por causa das festas e depois por causa dos preços (quem diria que depois do dia 19 de Janeiro a gente consegue economizar uns bons 400 dólares nessa brincadeira?) e acabei me decidindo pelo dia 20. De lá pra cá tive que renovar o passaporte (estava na validade ainda, mas alguns países exigem que você tenha 6 meses de prazo ainda, o que eu não tinha) e tomar vacina contra Febre Amarela (do contrário você não pode botar os pés na África).
A Viagem
Sim, África, pois não basta ser longe, a viagem tem que ser uma aventura. Acontece que existem várias rotas para se chegar a Seul, passando por Paris, pelos Emirados Arabes e até pelos Estados Unidos, andando contra a direção da Terra. A passagem mais barata, porém, passa pela África. E não apenas na África, mas passa em São Paulo e em Hong Kong também, antes de chegar em Seul. No total então serão agradáveis 26 horas de voo, 1 de Rio pra São Paulo, 9 de São Paulo para Johannesburg, 12 de Johannesburg pra Hong Kong e 4 de Hong Kong pra Seul. Sem contar as 5h que eu vou ficar esperando em São Paulo e as 10h em Johannesburg. Vai ser muito tédio pra uma pessoa só.
A Cidade
Ficarei em Seul, capital e principal cidade da Coréia do Sul. Tem mais de 10 milhões de habitantes, estando entre as 10 cidades mais populosas do mundo. Pelo o que eu li, Seul tem um alto índice de desenvolvimento humano e é uma cidade super bonita e organizada. O problema, no momento, se chama temperatura, pois estamos no inverno por lá, inverno que costuma ser muito rigoroso. Dando uma rápida olhada no weather channel, descobri que no momento a temperatura por lá está em torno de -12 graus, com sensação de -17 e uma fina neve cai do céu. E isso de dia, pois a diferença de fuso horário está em torno de 13h, se não me engano. Para quem atualmente está se esforçando para não derreter no verão carioca, a mudança brusca de temperatura pode ser um tanto assustadora.
...
Pois está ficando tarde e meu voo sai amanhã na hora do almoço. Estou levando o laptop na viagem, então acredito que vou conseguir atualizar isso aqui com relativa frequência. Quem sabe eu não dou sorte de ter uma internet wireless no aeroporto de Johannesburg? Até lá, boa viagem pra mim.
domingo, 18 de janeiro de 2009
O Curioso Caso de Benjamin Button
Filas de cinema podem ser coisas bem chatas e eu achava que estava livre delas pra sempre desde que começaram com essa história de lugar marcado. Infelizmente, porém, descobri hoje que nem todos os cinemas adotaram tão desenvolvida técnica e, não sendo fã de primeira fileira, fui obrigado a pegar uma fila razoável, pois fim de semana de estréia de filme do Brad Pitt não é lá a coisa mais vazia do mundo.
No entanto, filas podem dizer bastante sobre o filme em questão e quando você vê metade das pessoas saindo da sessão anterior chorando copiosamente, você começa a ficar ligeiramente ansioso com o que lhe espera dentro da sala. Não que fazer você chorar signifique necessariamente que o filme seja bom ou ruim ou qualquer coisa do tipo, mas um filme só consegue fazer você chorar quando te toca de alguma forma.
O filme, como a maioria já deve ter adivinhado, se chama O Curioso Caso de Benjamin Button, e conta a curiosa história (duh) de Benjamin Button (duh), um homem que resolveu seguir o curso da vida de uma maneira ligeiramente incomum, nascendo velho e rejuvenescendo ao longo da vida. Diante dessa bizarra situação, o filme, ao longe de suas quase 3 horas (passa voando, though) consegue levantar várias pequenas questões morais sobre a vida e sobre como devemos aproveitar nossas oportunidades e saber recomeçar quando as coisas dão errado e saber que as coisas acabam e que devemos eventualmente deixá-las passar. Há uma série de personagens muito bem desenvolvidos que dão o pano de fundo necessário para o desenvolvimento do drama.
E inevitavelmente o foco de todas essas questões acabam sendo no romance entre o personagem do Brad Pitt e da Cate Blanchett. Afinal, como imaginar um romance entre uma pessoa que envelhece como qualquer outra e uma que fica mais jovem a cada dia? Pequeno vai ser o tempo que poderemos ver os dois juntos com uma idade aproximada e o filme explora bem esse sentimento. Como dito, eles se encontraram no meio do caminho.
(na verdade, a quantidade de clichês morais levantados pelo filme é tão grande que eu poderia até recriminar o filme por isso, mas eu resolvi deixar isso passar)
Chega a hora que eu preciso parar de falar do filme pra evitar escrever muitos spoilers. Vale a pena ressaltar, porém, o excelente trabalho que o David Fincher faz aqui, assim como a fotografia, que está belíssima. O destaque maior, como não poderia ser diferente, vai para a maquiagem. Ver o Brad Pitt com 18 anos de novo foi assustador.
Deixando o filme em si um pouco de lado e pensando na idéia por trás de tudo, eu comecei a pensar que seria bem bacana vc nascer velho e ir ficando jovem com o tempo. Tem uma frase do Saramago que eu acho genial que diz "os jovens não sabem o que podem enquanto os velhos não podem o que sabem". Não seria, portanto, a solução para esse problema? Particularmente eu acho que chegar no auge da minha forma física depois de 50 anos de experiência deve ser algo legal. Ou não, vai saber. Pense nisso.
Your life is defined by its opportunities... even the ones you miss.
No entanto, filas podem dizer bastante sobre o filme em questão e quando você vê metade das pessoas saindo da sessão anterior chorando copiosamente, você começa a ficar ligeiramente ansioso com o que lhe espera dentro da sala. Não que fazer você chorar signifique necessariamente que o filme seja bom ou ruim ou qualquer coisa do tipo, mas um filme só consegue fazer você chorar quando te toca de alguma forma.
O filme, como a maioria já deve ter adivinhado, se chama O Curioso Caso de Benjamin Button, e conta a curiosa história (duh) de Benjamin Button (duh), um homem que resolveu seguir o curso da vida de uma maneira ligeiramente incomum, nascendo velho e rejuvenescendo ao longo da vida. Diante dessa bizarra situação, o filme, ao longe de suas quase 3 horas (passa voando, though) consegue levantar várias pequenas questões morais sobre a vida e sobre como devemos aproveitar nossas oportunidades e saber recomeçar quando as coisas dão errado e saber que as coisas acabam e que devemos eventualmente deixá-las passar. Há uma série de personagens muito bem desenvolvidos que dão o pano de fundo necessário para o desenvolvimento do drama.
E inevitavelmente o foco de todas essas questões acabam sendo no romance entre o personagem do Brad Pitt e da Cate Blanchett. Afinal, como imaginar um romance entre uma pessoa que envelhece como qualquer outra e uma que fica mais jovem a cada dia? Pequeno vai ser o tempo que poderemos ver os dois juntos com uma idade aproximada e o filme explora bem esse sentimento. Como dito, eles se encontraram no meio do caminho.
(na verdade, a quantidade de clichês morais levantados pelo filme é tão grande que eu poderia até recriminar o filme por isso, mas eu resolvi deixar isso passar)
Chega a hora que eu preciso parar de falar do filme pra evitar escrever muitos spoilers. Vale a pena ressaltar, porém, o excelente trabalho que o David Fincher faz aqui, assim como a fotografia, que está belíssima. O destaque maior, como não poderia ser diferente, vai para a maquiagem. Ver o Brad Pitt com 18 anos de novo foi assustador.
Deixando o filme em si um pouco de lado e pensando na idéia por trás de tudo, eu comecei a pensar que seria bem bacana vc nascer velho e ir ficando jovem com o tempo. Tem uma frase do Saramago que eu acho genial que diz "os jovens não sabem o que podem enquanto os velhos não podem o que sabem". Não seria, portanto, a solução para esse problema? Particularmente eu acho que chegar no auge da minha forma física depois de 50 anos de experiência deve ser algo legal. Ou não, vai saber. Pense nisso.
Your life is defined by its opportunities... even the ones you miss.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Into The Labyrinth
Tem algumas bandas por aí que parecem não saber a hora de parar. Ano após ano, continuam lançando álbuns que não chegam perto de um passado mais ou menos glorioso, dependendo da banda. O Saxon me parecia ser uma dessas bandas e já há algum tempo eu não levava mais a menor fé nos trabalhos recentes deles e só ouvia por descargo de consciência mesmo. Tudo que eu ouvi deles dos últimos 10 anos soava como uma sombra pálida dos excelentes discos dos anos 80.
Posso dizer, portanto, que fiquei bastante surpreendido quando ouvi esse novo trabalho deles, Into The Labyrinth. Não sei dizer o que mudou na mentalidade da banda desde o último cd, de 2007, mas a diferença na força das composições é notável. A base do heavy metal que consagrou o grupo está mais do que presente, mas ao mesmo tempo o álbum todo tem um ar revigorante que parece dar à banda o fôlego necessário pra continuar firme na estrada.
E talvez a grande sacada desse álbum é que ele não soa repetitivo em momento nenhum. Ele consegue manter sua atenção durante seus 50 minutos de duração com relativo sucesso. Podemos ouvir músicas rápidas, cadenciadas, músicas com corais (muito bem utilizados, por sinal), músicas com aquela típica pegada hard 'n heavy e até uma música com uma levada meio velho oeste.
A capa é mais do mesmo, mas destaco a produção, que está no ponto certo, sendo um dos responsáveis pela qualidade desse cd.
Nota: 86
Posso dizer, portanto, que fiquei bastante surpreendido quando ouvi esse novo trabalho deles, Into The Labyrinth. Não sei dizer o que mudou na mentalidade da banda desde o último cd, de 2007, mas a diferença na força das composições é notável. A base do heavy metal que consagrou o grupo está mais do que presente, mas ao mesmo tempo o álbum todo tem um ar revigorante que parece dar à banda o fôlego necessário pra continuar firme na estrada.
E talvez a grande sacada desse álbum é que ele não soa repetitivo em momento nenhum. Ele consegue manter sua atenção durante seus 50 minutos de duração com relativo sucesso. Podemos ouvir músicas rápidas, cadenciadas, músicas com corais (muito bem utilizados, por sinal), músicas com aquela típica pegada hard 'n heavy e até uma música com uma levada meio velho oeste.
A capa é mais do mesmo, mas destaco a produção, que está no ponto certo, sendo um dos responsáveis pela qualidade desse cd.
Nota: 86
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Ballads of a Hangman
Eu sempre fui apaixonado por música e faz alguns anos que eu tenho tentado acompanhar os principais lançamentos do ano. Além disso, tenho mania por listas, o que tornou tudo bem divertido e gostoso de se fazer. Claro que isso pode se tornar uma tarefa impossível, dependendo do nível de profundidade que você deseja alcançar, mas embora o número de lançamentos que eu tenho ouvido por ano esteja diminuindo, eu acredito que eu esteja conseguindo dar uma maior atenção a cada um deles, o que é algo muito positivo.
Aproveito que o ano está no começo e que este blog está necessitando de posts para tornar este blog mais um lugar para eu organizar minhas listas e falar sobre os cd's que eu tenho ouvido. Sem mais delongas, o primeiro álbum que eu ouvi desse ano:
Grave Digger - Ballads of a Hangman
Esse álbum é como levar um grande soco na cara assim. Faz-me lembrar o porquê de o Power Metal ser uma coisa tão foda e o porquê de o Grave Digger ser uma das principais bandas do estilo. Eu gostei do cd de 2007 (na verdade é bem raro eu não gostar de um cd do Digger) mas a verdade é que a maioria das composições eram bem apagadas. O contrário acontece aqui, parece que todas as músicas estão cheias de punch, com aquela garra que marca as principais músicas do Digger. A banda toda se destaca aqui, a riffagem está acima da média da banda (que já é alta), o Jens Becker ganhou uma maior participação nas músicas e o Bohltendahl continua fazendo o bom trabalho que sempre fez. Vale a pena comentar também a capa, que ficou foda, lembrando as melhores capas do Digger.
Nota: 88
Aproveito que o ano está no começo e que este blog está necessitando de posts para tornar este blog mais um lugar para eu organizar minhas listas e falar sobre os cd's que eu tenho ouvido. Sem mais delongas, o primeiro álbum que eu ouvi desse ano:
Grave Digger - Ballads of a Hangman
Esse álbum é como levar um grande soco na cara assim. Faz-me lembrar o porquê de o Power Metal ser uma coisa tão foda e o porquê de o Grave Digger ser uma das principais bandas do estilo. Eu gostei do cd de 2007 (na verdade é bem raro eu não gostar de um cd do Digger) mas a verdade é que a maioria das composições eram bem apagadas. O contrário acontece aqui, parece que todas as músicas estão cheias de punch, com aquela garra que marca as principais músicas do Digger. A banda toda se destaca aqui, a riffagem está acima da média da banda (que já é alta), o Jens Becker ganhou uma maior participação nas músicas e o Bohltendahl continua fazendo o bom trabalho que sempre fez. Vale a pena comentar também a capa, que ficou foda, lembrando as melhores capas do Digger.
Nota: 88
sábado, 3 de janeiro de 2009
Caesar III
Como qualquer jovem do final do séc XX/início do séc XXI eu sempre gostei bastante de jogos. Nunca fui um super viciado, porém, e também nunca fui nenhuma espécie de entendido no assunto, mas sempre tive videogame em casa (embora o último tenha sido o 64, mas eu culpo os preços mais do que a falta de vontade) e sempre estou com algum jogo no computador, que eu jogo com maior ou menor frequencia, dependendo do meu tempo (e do jogo).
Acontece que as férias é um perído ideal pra procurar novos jogos e essas tem sido especialmente produtivas nesse sentido (por que outro motivo você acha que esse blog estava tão morto?). E o jogo que prende minha atenção no momento não é nenhuma novidade, é bem antigo até (1998), mas não é tão conhecido por aí. Se chama Caesar III.
Você é daqueles (como eu) que gostava de Sim City mas ficava super frustrado porque nada parecia dar certo na sua cidade? E daqueles que adorava Age of Empires mas achava que o jogo poderia dar uma maior atenção pra parte econômica/cultural da cidade? Misture um pouco dos dois jogos e adicione um pouco de Império Romano e você terá Caesar III.
A idéia não é nem original nem muito complexa: você joga como um funcionário de Caesar, que tem a função de governar cidades e conseguir atingir os níveis desejados de população, paz, prosperidade, cultura e apreço. Então é a coisa clássica, disponibilizar água, botar casa, fazendas, mercados, teatros, coliseus, hospitais, etc.
A mágica do jogo, porém, está justamente no flerte que essa simplicidade consegue fazer com uma complexidade estratégica que consegue estressar os jogadores mais calmos. Pois embora a primeira vista tudo pareça simples, o jogo exige uma capacidade de estratégia enorme, pra fazer a comida das plantações chegarem no mercado, pra fazer a comida do mercado chegar nas casas, pra balancear perfeitamente a balança empregos disponíveis/população, de modo que não haja desemprego (que geram tumultos) nem falta de empregados (que deixa a sua cidade totalmente improdutiva), pra conseguir agradar os deuses e impedi-los de acabar com a sua cidade... pra conseguir fazer um monte de coisas das quais dependem a sua popularidade com Caesar.
Não espere super gráficos (está abaixo de Age of Empires por exemplo, fora que algumas coisas são totalmente fora de proporção - pessoas gigantes, alguém?) nem qualquer coisa fora do comum. Espere apenas um jogo divertido que vai conseguir prender a sua atenção por muito tempo e fazer você quebrar a cabeça pra conseguir fazer com que as malditas casinhas evoluam de cabanas para grandes vilas. Eu recomendo.
Acontece que as férias é um perído ideal pra procurar novos jogos e essas tem sido especialmente produtivas nesse sentido (por que outro motivo você acha que esse blog estava tão morto?). E o jogo que prende minha atenção no momento não é nenhuma novidade, é bem antigo até (1998), mas não é tão conhecido por aí. Se chama Caesar III.
Você é daqueles (como eu) que gostava de Sim City mas ficava super frustrado porque nada parecia dar certo na sua cidade? E daqueles que adorava Age of Empires mas achava que o jogo poderia dar uma maior atenção pra parte econômica/cultural da cidade? Misture um pouco dos dois jogos e adicione um pouco de Império Romano e você terá Caesar III.
A idéia não é nem original nem muito complexa: você joga como um funcionário de Caesar, que tem a função de governar cidades e conseguir atingir os níveis desejados de população, paz, prosperidade, cultura e apreço. Então é a coisa clássica, disponibilizar água, botar casa, fazendas, mercados, teatros, coliseus, hospitais, etc.
A mágica do jogo, porém, está justamente no flerte que essa simplicidade consegue fazer com uma complexidade estratégica que consegue estressar os jogadores mais calmos. Pois embora a primeira vista tudo pareça simples, o jogo exige uma capacidade de estratégia enorme, pra fazer a comida das plantações chegarem no mercado, pra fazer a comida do mercado chegar nas casas, pra balancear perfeitamente a balança empregos disponíveis/população, de modo que não haja desemprego (que geram tumultos) nem falta de empregados (que deixa a sua cidade totalmente improdutiva), pra conseguir agradar os deuses e impedi-los de acabar com a sua cidade... pra conseguir fazer um monte de coisas das quais dependem a sua popularidade com Caesar.
Não espere super gráficos (está abaixo de Age of Empires por exemplo, fora que algumas coisas são totalmente fora de proporção - pessoas gigantes, alguém?) nem qualquer coisa fora do comum. Espere apenas um jogo divertido que vai conseguir prender a sua atenção por muito tempo e fazer você quebrar a cabeça pra conseguir fazer com que as malditas casinhas evoluam de cabanas para grandes vilas. Eu recomendo.
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