quinta-feira, 27 de março de 2014

Histórias reais com ótimos atores, anyone?

Após um breve hiato, volto para falar dos filmes que eu vi no cinema, antes que a fila aumente muito! Não que eu tenha a falar muito deles, na verdade, talvez por isso venha enrolando. Normalmente quando eu já tenho coisas na cabeça pra falar eu venho seco pra escrever aqui. Com esses, entretanto...

Não que sejam ruins, muito pelo contrário. Mas são dois filmes que são carregados nas costas pelos seus atores principais, e é difícil falar muito mais do que isso.

Estou falando, é claro, de Philomena e Clube de Compras Dallas.

Philomena conta a história real de uma mãe (Judi Dench) em busca de seu filho, que foi entregue à adoção meio que à força quando a mulher, ainda jovem e grávida, passou a trabalhar em um convento em busca de abrigo. Para isso, ela tem a ajuda de um jornalista político (Steeve Coogan) com a carreira em crise, tendo que se voltar a "human interest stories".

E o filme, digamos assim, é exatamente isso. Não fosse a atuação estupenda da Judi Dench dificilmente receberia a atenção que recebeu. O roteiro e a direção são muito corretos, conseguindo uma agradável mistura de drama e comédia, mas é a Judi (e o Steve também, para sermos justos) que leva. o filme nas costas. Sua interpretação da humilde e aparentemente ingênua Philomena é magistral.



O filme ainda faz um breve estudo sobre a religião católica, principalmente com a idéia de perdão. Afinal, aos olhos da igreja, a mulher pecara ao ter engravidado de maneira não, digamos, tradicional. Aonde cabe o seu perdão? Deveria haver algum? Vindo de quem? E da mesma forma, o que Philomena deveria sentir ao ver que seu filho foi tirado de seus braços? Não teria ela também que aprender a perdoar? São em torno dessas perguntas que o filme se desenvolve, e é bem interessante como as coisas se desenrolam.



Clube de Compras Dallas conta a história (também real) de Ron Woodroof, um estereótipo de sulista que se vê contaminado com o vírus da AIDS em meados da década de 80, quando a doença ainda era novidade para muita gente. Diagnosticado inicialmente com apenas 30 dias de vida, Ron começa a procurar métodos alternativos para se manter vivo, o que acaba por criar uma pequena revolução.

O filme tem seu grande mérito na construção do personagem principal, que é interpretado com maestria por Matthew McConaughey. Começamos por ver um homem extremamente preconceituoso e agressivo, que devido as circunstâncias é obrigado a rever seus conceitos e mudar suas prioridades. Assim, é admirável a segurança e o controle com as quais o Matthew conduz seu complexo personagem. As mudanças são totalmente sutis e graduais, fazendo total sentido para o espectador - ajudando nisso também a direção firme e competente de Jean-Marc Vallée.



E a grande mudança pela qual passa o personagem de McConaughey é facilmente vista na relação com o personagem de Jared Leto, um travesti também contaminado. É fácil perceber que o personagem é criado justamente para fazer o eixo em volta do qual Ron faz sua trajetória. Se no começo vemos uma grande rejeição e agressividade, aos poucos vamos vendo uma relação de negócios florescendo entre os dois até que uma verdadeira amizade é criada - e nesse sentido é chave o momento onde, ao ver seu amigo travesti sendo hostilizado por um antigo amigo seu, Ron rapidamente decide tomar o lado de seu novo amigo.

E o filme também toca em uma questão bem importante, sobre as grandes companhias de medicamentos e suas estratégias para enfiar produtos nem tão eficientes assim no mercado. E se tratando de uma história real, é assustador como nem sempre podemos confiar na entidade que mais temos o costume de confiar, que é a medicina.

Dr. Eve Saks: We can make you comfortable.
Ron Woodroof: What? Hook me up to the morphine drip, let me fade on out? Nah. Sorry, lady, but I prefer to die with my boots on.


1. Nebraska (Nebraska) - Alexander Payne - 96 2. O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street) - Martin Scorsese - 95  
3. Frozen - Uma Aventura Congelante (Frozen) - Chris Buck, Jennifer Lee - 89
4. Uma Aventura Lego (The Lego Movie) - Phil Lord, Christopher Miller - 89

5. Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club) - Jean-Marc Valée - 82
6. Trapaça (American Hustle) - David O. Russell - 78

7. Philomena (Philomena) - Stephen Frears - 75
8. Ninfomaníaca (Nymphomaniac) - Lars Von Trier - 74  
9. Ender's Game - O Jogo do Exterminador (Ender's Game) - Gavin Hood - 64
10. Confissões de Adolescente - Chris D'Amato, Daniel Filho - 62 
11. Jack Ryan: Operação Sombra (Jack Ryan: Shadow Recruit) - Kenneth Branagh - 62
12. Caçadores de Obras-Primas (Monuments Men) - George Clooney - 34
13. Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal (Paranormal Activity: The Marked Ones) - Christopher Landon - 25

14. O Herdeiro do Diabo (Devil's Due) - Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett - 22

terça-feira, 11 de março de 2014

Os Uniformes para 2014!

O blog do Globoesporte Manto F.C. publicou hoje um post com fotos dos uniformes de todos os 32 times que disputarão a Copa do Mundo em 2014. Eu não tenho muito o costume de comprá-los, porque os preços são invariavelmente um estupro, mas eu gosto de fingir que eu posso comprar os que eu quiser. De qualquer forma, é legal analisá-los. É o único momento onde homens héteros podem falar sobre moda sem serem chamados de gays. Portanto, vamos aproveitar o momento.

Primeiramente um breve comentários geral: achei os uniformes em geral uma grande bosta. Poucos se salvam, ao contrário dos de 2010, onde grande parte era linda.

Feita essa observação, vamos a eles (na ordem dos grupos):

Brasil

Fornecedora: Nike
Nota do uniforme principal: 8
Nota do uniforme reserva: 4
Nota do terceiro uniforme: 5
Comentário: Eu gosto bastante do uniforme amarelo. Simples, clássico, elegante. A única coisa que me incomoda é essa pontinha verde que desce na gola. Não entendo muito bem ela, mas ela me incomoda. Já em relação ao segundo, a Nike sempre inventa, e sempre temos um resultado desagradável. Depois das bolinhas amarelas de 2010, vem essas listras azuis meio degradê ou whatever. Tosco.
Comparação com 2010: Evolução.
Probabilidade de eu comprar: Como estamos falando da seleção brasileira, eu diria alta, mas não só por isso.

Croácia


Fornecedora: Nike 
Nota do uniforme principal: 4
Nota do uniforme reserva: 8  
Comentário: A clássica camisa-toalha-de-mesa! Eu nunca gostei muito dela, por motivos óbvios. Essa está até um pouco melhor que o normal, mas continua sendo tosca. A manga não quadriculada faz uma grande diferença. A camisa reserva, por outro lado, é bem bonita. Um azul bonito, e o quadriculado apenas como detalhe funciona bem. Normalmente eu não sou fã de número na frente, mas nesses uniformes croatas não ficaram ruins.
Comparação com 2010: N/A 
Probabilidade de eu comprar: Só quando o meu cão acabar de comer as toalhas aqui de casa. Zuera. A primeira jamais, mas o segundo uniforme eu compraria fácil.

México


Fornecedora: Adidas 
Nota do uniforme principal: 1
Nota do uniforme reserva: 5 
Comentário: Putaquepariu. As camisas do méxico são sempre feias, mas essa se superou. Uma coisa meio anos 90 tosquíssima. E esses raios ou whatever que parecem querer formar a letra M? Que merda é essa? A segunda poderia ser bonita, não fosse essa cor de marca texto horrível que botaram até no brasão da federação mexicana.
Comparação com 2010: Por incrível que pareça, está pior.
Probabilidade de eu comprar: Se me dessem de graça eu teria vergonha de usar.


Camarões


Fornecedora: Puma
Nota do uniforme principal: 7
Nota do uniforme reserva: 8  
Comentário: Como sempre, a Puma faz um trabalho legal com os times africanos. Gosto bastante dos dois modelos. Eu gosto quando conseguem incorporar algo da cultura do país no uniforme sem deixar zuado, e aqui isso acontece, especialmente na reserva, onde os detalhes são mais discretos. De qualquer forma os dois uniformes são bonitos.
Comparação com 2010: O de 2010 era bem foda também. Acho que eu prefiro os de 2010, mas não considero que tenha havido uma regressão.
Probabilidade de eu comprar: Embora ache muito bonito, acho que ficaria mais bonito em outros do que em mim, então acho improvável.

Espanha


Fornecedora: Adidas
Nota do uniforme principal: 4
Nota do uniforme reserva: 5 
Comentário: Se tratanto da atual campeã do mundo, era de se esperar que a Adidas fizesse um trabalho melhor. A principal ficou genérica, e esse dourado meio pálido ficou bem sem graça. A segunda, que em 2010 era linda, ficou não feia, mas nada a ver. Preto e verde limão? Wtf?
Comparação com 2010: Pior.
Probabilidade de eu comprar: Bem improvável.

Holanda

 
Fornecedora: Nike
Nota do uniforme principal: 6
Nota do uniforme reserva: 7  
Comentário: Eu gosto quando fazem algo simples, então essas da Holanda já saem um pouco na frente. Mas eu acho muito mais bonito quando os detalhes da camisa principal estão em preto, ao invés de branco. A segunda parece ser bonita, mas a foto não ajuda. Eu gosto da combinação de azul escuro com laranja.
Comparação com 2010: Um pouquinho abaixo.
Probabilidade de eu comprar: Se eu fosse comprar uma blusa da Holanda eu compraria a preta de 2012. Ou então a clássica de 1974.


Chile


Fornecedora: Puma
Nota do uniforme principal: 3
Nota do uniforme reserva: 5  
Comentário: Por algum motivo que eu não entendo bem, a Puma só faz trabalhos legais com times africanos. Os do chile são sempre totalmente boring. A gola do uniforme principal é horrível, e eu realmente não gosto dessas listras laterais. O segundo funciona um pouco melhor, mas ainda fica bem longe de empolgar.
Comparação com 2010: Pior.
Probabilidade de eu comprar: zzz

Austrália


Fornecedora: Nike
Nota do uniforme principal: 8
Nota do uniforme reserva: -  
Comentário: No mesmo estilo do Brasil. Da mesma forma, tem uma gola que me incomoda um pouco, mas que não chega a estragar. Eu gosto desse amarelo deles, meio puxado pro mostarda. A segunda, aparentemente é um mistério.
Comparação com 2010: Eu gostava muito da de 2010, então vou ter que dizer que está um pouquinho pior.
Probabilidade de eu comprar: Me pergunto a redundância de ter a do Brasil e a da Austrália, mas sim, eu compraria.


Colômbia


Fornecedora: Adidas
Nota do uniforme principal: 4
Nota do uniforme reserva: 7  
Comentário: Eu não sei bem quem teve a idéia de radicalizar o uniforme da colômbia desse jeito, mas eu não gostei muito, embora o resultado não tenha sido de todo ruim. Sei lá, ficou diferente. Não sei. A segunda ficou legal, embora eu gostasse do uniforme reserva azul escuro. O vermelho caiu bem. Mas essa merda preta nas mangas estragou um pouco.
Comparação com 2010: N/A
Probabilidade de eu comprar: Dificilmente.

Grécia


Fornecedora: Nike
Nota do uniforme principal: 7
Nota do uniforme reserva: 7 
Comentário: A crise na Grécia tá tão séria que eles nem tiveram grana pra tentar algo diferente. Mas, como eu gosto de uniformes simples e elegantes, tive uma impressão positiva deles. Eu gosto particularmente como os uniformes são reflexos opostos perfeitos um do outro.
Comparação com 2010: Embora totalmente diferentes, eu gosto dos dois igualmente.
Probabilidade de eu comprar: Talvez se eu não tivesse uma antipatia tão grande pela seleção grega.

Costa do Marfim


Fornecedora: Puma
Nota do uniforme principal: 8
Nota do uniforme reserva: 7  
Comentário: Como já foi dito, eu gosto dos uniformes da Puma em times africanos. Esses ficaram bem legais. Simples, straights to the point, e com uns detalhes legais no ombro. Eu gosto bastante da cor do principal.
Comparação com 2010: Um pouco abaixo, mas é uma comparação injusta. Os uniformes da Costa do Marfim em 2010 eram animais.
Probabilidade de eu comprar: Compraria fácil.

Japão


Fornecedora: Adidas
Nota do uniforme principal: 3
Nota do uniforme reserva: 5  
Comentário: O Japão, assim como o México, é outro país que tradicionalmente faz uniformes feios. Em 2014 não será diferente. Eu fiquei particularmente intrigado com a idéia de colocar a bandeira do Japão em cima do brasão da confederação. De quem quer que tenha sido a idéia, foi uma idéia burra. Ficou tosco. O segundo uniforme seguiu o modelo wtf da Espanha e alguns outros, mas como o Japão é um país meio wtf, até que não ficou (tão) ruim.
Comparação com 2010: Por incrível que pareça eu achei um pouco melhor.
Probabilidade de eu comprar: Improvável.

Uruguai


Fornecedora: Puma
Nota do uniforme principal: 8
Nota do uniforme reserva: 6  
Comentário: Segue o mesmo modelo do uniforme chileno, mas o azul celeste é tão bonito que é difícil não gostar. E ficou legal essa combinação com o dourado, embora - novamente - eu não goste muito dessas linhas verticais nos lados. A reserva é bonitinha.
Comparação com 2010: Uma pequena evolução.
Probabilidade de eu comprar: Alta.

Costa Rica


Fornecedora: Lotto
Nota do uniforme principal: 2
Nota do uniforme reserva: 4 
Comentário: Das camisas mais feias da Copa. A combinação de vermelho com azul é tenebrosa, e o design é bem tosco. E a gola, putquepariu. A camisa reserva funciona melhor, mas continua ruim.
Comparação com 2010: N/A
Probabilidade de eu comprar: Difícil ser mais baixa.

Inglaterra


Fornecedora: Nike
Nota do uniforme principal: 8
Nota do uniforme reserva: -  
Comentário: A foto não ajuda nem um pouco, mas ela me parece bem bonita. Simples e direta, ela parece ter umas linhas verticais bem fraquinhas que dão um toque legal. Eu gosto dos uniformes simples da Inglaterra. Não temos a reserva, mas se seguir essa linha vai ser bem bonita também.
Comparação com 2010: Está um pouco abaixo, mas a camisa de 2010 era linda.
Probabilidade de eu comprar: Meio alta.

Itália


Fornecedora: Puma
Nota do uniforme principal: 3
Nota do uniforme reserva: 6 
Comentário: A Itália costuma ter uniformes bonitos, mas esse é dos mais feios que eu já vi. Nada funciona. A gola é feia, o brasão parece enorme, a manga tem o tricolor da bandeira de um jeito totalmente tosco, e ainda tem linhas laterais horríveis. A branca é um pouco melhor, chegando a ser bonita.
Comparação com 2010: Bem abaixo.
Probabilidade de eu comprar: A principal, jamais. A reserva, muito dificilmente.

Suiça


Fornecedora: Puma
Nota do uniforme principal: 6
Nota do uniforme reserva: 7  
Comentário: Na mesma linha da Itália, mas na Suiça as coisas funcionam um pouquinho melhor. Eu não entendo muito bem a necessidade daquele símbolo na esquerda, though. E eu gostei da idéia de botar a cruz suiça por trás, mas ficou bem escroto na principal com as listras verticais dos lados. Se tivessem tirado as listras ia ficar lindo. Assim como na Itália, a camisa branca funciona bem.
Comparação com 2010: Um pouco acima.
Probabilidade de eu comprar: Nunca diga nunca.

Equador


Fornecedora: Marathon
Nota do uniforme principal: 5
Nota do uniforme reserva: 4  
Comentário: É uma combinação de cores meio escrota, mas a blusa não é de todo ruim. O que não significa que seja bonita.
Comparação com 2010: N/A
Probabilidade de eu comprar: Não conte com isso.

França


Fornecedora: Nike
Nota do uniforme principal: 9
Nota do uniforme reserva: 9 
Comentário: Aí sim. Novamente a Nike acerta com o simples e elegante. Não é preciso muito pra tornar um uniforme bonito. Esse tem um quê de retrô que eu acho bem legal, e o tom de azul é lindo. A reserva também é linda, o listrado horizontal ficou de muito bom gosto.
Comparação com 2010: A de 2010 era beeem feia, então é uma imensa evolução.
Probabilidade de eu comprar: Muito alta, pra qualquer uma das duas.

Honduras


Fornecedora: Joma. Joma?
Nota do uniforme principal: 5
Nota do uniforme reserva: 4  
Comentário: Essas fornecedoras menores costumam fazer coisas diferentes, e dificilmente sai algo legal. A Joma não fez nada ousado, então ficou algo bem simples e sem graça. E, é preciso dizer, esse H enorme da federação hondurenha não ajuda nem um pouco. O azul da reserva é meio feio.
Comparação com 2010: Uma grande evolução.
Probabilidade de eu comprar: Quase nula.

Argentina


Fornecedora: Adidas
Nota do uniforme principal: 7
Nota do uniforme reserva: 6  
Comentário: Eu costumo gostar das camisas argentinas. Eu meio que gostei dessa, mas podia ser bem melhor. Não acho bonito os detalhes em preto. Fora isso, é uma camisa bonita. A reserva é meio bonitinha também, mas achei meio tosco esses cinquenta tons de azul.
Comparação com 2010: A camisa em si é um pouco pior, mas eu me incomodava muito o símbolo da Adidas no meio na camisa de 2010, então compensa nesse lado.
Probabilidade de eu comprar: Improvável.

Bósnia


Fornecedora: Legea. Wut.
Nota do uniforme principal: 2
Nota do uniforme reserva: 3  
Comentário: Eu poderia repetir tudo o que eu escrevi em relação a Honduras, com a exceção de que a de Honduras é linda comparada com essas aqui.
Comparação com 2010: N/A 
Probabilidade de eu comprar: Nem mesmo uma.

Irã


Fornecedora: Uhisport. I give up.
Nota do uniforme principal: 9
Nota do uniforme reserva: 10 
Comentário: Quem diria, a camisa do Irã é a mais bonita até aqui. Nunca tinha ouvido falar nessa marca, mas ela fez um trabalho belíssimo, ainda mais levando em conta que a combinação de vermelho com verde raramente fica bonita. A primeira é linda, só o V branco na gola que me incomoda um pouco. A reserva eu não vejo defeitos. A onça ou whatever no background ficou foda. A camisa consegue ser ao mesmo tempo simples e criativa.
Comparação com 2010: N/A
Probabilidade de eu comprar: Compraria agora se eu tivesse dinheiro.

Nigéria


Fornecedora: Adidas
Nota do uniforme principal: 2
Nota do uniforme reserva: 5  
Comentário: Djisus, que coisa feia essa camisa principal. Não gostei de nenhum dos tons de verde, e o design é simplesmente sofrível. A branca é um pouco melhor, mas é apenas ok.
Comparação com 2010: Muito, mas muito pior.
Probabilidade de eu comprar: Inexistente.

Alemanha


Fornecedora: Adidas
Nota do uniforme principal: 6
Nota do uniforme reserva: 9  
Comentário: Eu não gostei muito da branca. Ela seria bonita sem essa papagaiada no meio, mas resolveram inventar aí ficou essa coisa meio escrota. Se ainda fossem as cores da bandeira talvez tivesse ficado legal. A reserva, entretanto, é linda - e eu não digo isso por ser rubro negro. Fora que foi das jogadas de marketing mais geniais que eu já vi.
Comparação com 2010: A de 2010 era bem foda, então a principal perde de muito. A reserva está no nível.
Probabilidade de eu comprar: Eu to quase comprando a reserva pra usar no Maraca.

Portugal


Fornecedora: Nike
Nota do uniforme principal: 2
Nota do uniforme reserva: -  
Comentário: Que merda foi essa que fizeram com o uniforme de Portugal? Ficou horrível. A Nike só acerta quando faz uniformes simples. Quando tentam inventar, invariavelmente dá merda. Péssimo. Não temos a segunda =(
Comparação com 2010: As camisas de 2010 foram umas das mais bonitas da Copa, então naturalmente foi uma das piores quedas até aqui.
Probabilidade de eu comprar: A mesma de Honduras ser campeã do mundo.

Gana


Fornecedora: Puma
Nota do uniforme principal: 8
Nota do uniforme reserva: 7  
Comentário: Puma e África é uma combinação que não tem erro. A principal é linda, simples e elegante, e com uns toques divertidos na gola e mangas. A reserva segue a linha do uniforme de
Camarões. Não funciona tão bem quanto lá, mas é bem bonita também.

Comparação com 2010: Por mais que eu tenha gostado dessas, as de 2010 eram fantásticas.
Probabilidade de eu comprar: Não é baixa, mas também não é alta.

Estados Unidos


Fornecedora: Nike
Nota do uniforme principal: 6
Nota do uniforme reserva: -  
Comentário: A little boring. Eu não sei dizer muito bem porque algumas blusas simples da Nike ficam tão boas e outras ficam sem graça, mas essa ficou sem graça. E não temos a reserva pra ver se melhorava.
Comparação com 2010: Eu gostava das de 2010, então essa ficou bem abaixo.
Probabilidade de eu comprar: Não me vejo comprando.

Bélgica


Fornecedora: Burrda Sport. Eu achei que as coisas não pudessem ficar mais esquisitas, mas here we are.
Nota do uniforme principal: 9
Nota do uniforme reserva: 10
Nota do terceiro uniforme: 10
Comentário: Eu nunca tinha ouvido falar nessa fornecedora, mas eu espero muito que ela comece a patrocinar mais times de hoje em diante. Camisas lindas, conceito lindo. Três uniformes, um para cada cor da bandeira da Bélgica. Designs criativos e sem papagaiadas. A Bélgica tem sido apontada como uma provável surpresa na Copa. Se depender do uniforme, ela já é.
Comparação com 2010: N/A
Probabilidade de eu comprar: Compraria qualquer uma das 3, mas minha favorita é a amarela.

Argélia


Fornecedora: Puma
Nota do uniforme principal: 7
Nota do uniforme reserva: 7
Comentário: Puma, África, etc. O uniforme da Argélia é o mais simples da Puma até agora, mas não deixa a desejar.
Comparação com 2010: Um pouco abaixo.
Probabilidade de eu comprar: Não seria a pior escolha, mas nah.

Rússia


Fornecedora: Adidas
Nota do uniforme principal: 9
Nota do uniforme reserva: 3
Comentário: O principal é lindo, como de praxe em uniformes da Rússia ultimamente. Tudo de muito bom gosto, o único detalhe que eu não gosto é a pequena bandeira russa nas mangas. A reserva, por outro lado, é horrorosa. Não sei o que eles estavam pensando com esses tons de azul meio degradê na parte de cima. Credo.
Comparação com 2010: N/A 
Probabilidade de eu comprar: Muito alta.

Coréia do Sul


Fornecedora: Nike
Nota do uniforme principal: 5
Nota do uniforme reserva: -
Comentário: Mais um simples da Nike. Bonito, mas eu não gosto da combinação de azul com vermelho, como já disse anteriormente, então não tem muito o que fazer.
Comparação com 2010: Um pouquinho acima. Mas bem pouco.
Probabilidade de eu comprar: Se eu não comprei nem quando eu fui pra Coréia, não vai ser agora.

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Algumas curiosidades:
  • A Nike domina o mercado fornecendo o material de 10 seleções, quase um terço delas. Puma e Adidas vem logo atrás, com 8 cada uma, ou um quarto cada. Depois disso temos apenas empresas menores, cada uma patrocinando uma seleção: Lotto, Marathon, Legea, Burrda Sport, Uhisport e Joma.
  • A Nike tem uma média de nota de 6,31 por camisa. A Adidas 5,06. A Puma, vencedora entre as 3, tem média de 6,43.
  • Nenhuma das 3 alcança os cinco continentes. Para Puma e Adidas falta um time da Oceania. A Nike, que patrocina a Australia, não tem nenhum time na África.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Se todo mundo sambasse

Uma coisa que me incomoda bastante são pessoas com a cabeça fechada. Needless to say, eu era uma delas há não muito tempo atrás. Mudar de opinião é uma tarefa árdua, mas em muitas casos um sinal de inteligência. Ter a capacidade de passar sobre seus preconceitos e abraçar o outro lado, parar de julgar e começar a entender as pessoas... tudo isso exige um nível superior de maturidade e sabedoria, creio.

Um dos maiores preconceitos que eu tinha era com o carnaval. Carnaval pra mim era apenas uma oportunidade para não ter que estudar e trabalhar. Alugava filmes e não saía de casa, na esperança de não ter que me misturar com o bando de baderneiros que estavam pela rua ouvindo música ruim.

Como eu disse, eu venho mudando de opinião nesses últimos anos. E esse post é uma homenagem ao carnaval.

Existe uma magia no carnaval. E essa magia não está na bagunça (que é divertida), não está na música (que é sim muito boa), não está na promiscuidade e na pegação desenfreada (que não fazem parte da minha realidade). 

A magia do carnaval está na alegria. 

É um sentimento de êxtase ver todas aquelas pessoas se sentindo livres, sorrindo por motivo nenhum, apenas seguindo um bloco, cantando e brincando. É extremamente contagiante. Não que aconteça toda hora, mas nos momentos em que acontece é uma sensação linda, que faz tudo valer a pena.

"Vem que passa
Teu sofrer
Se todo mundo sambasse
Seria tão fácil viver"

Os Campeonatos Estaduais - Passado e Futuro

Ano após ano é a mesma ladainha. Torneios vazios, times reservas, público escasso, partidas de baixo nível técnico... o desinteresse pelos campeonatos estaduais aumenta de uma maneira que parece anunciar o seu fim de maneira cada vez mais urgente. Nesse ano de 2014 a coisa está particularmente alarmante.

A última partida do Flamengo, time de maior torcida do Brasil, teve um público de 375 corajosos. Atenunantes (jogo quarta-feira à noite em Volta Redonda) à parte, é dos menores públicos para o qual eu já vi o Flamengo jogar. Não que seja exclusividade do Flamengo: todos os times vem trazendo pouquíssimas pessoas ao Estádio. Da mesma forma, não são apenas os jogos envolvendo times menores. Mesmo clássicos como o Fla x Flu, de tanta tradição e história, trouxeram menos de 15 mil pagantes. E esse foi o segundo maior público do campeonato!

Com a profissionalização e a valorização cada vez maior do futebol brasileiro, é natural que os torcedores elevem o seu padrão e fujam de jogos de pouco apelo, como são os do carioca. Com os ingressos cada vez mais caros, tem que ter muita disposição pra sair do conforto de sua sala pra assistir o Flamengo enfrentar o Audax com time reserva. Qualquer torcedor com um pouco de senso vai preferir guardar seu dinheiro pra ver o Flamengo jogar com uma grande força sulamericana na Libertadores, por exemplo.

O fim parece bem próximo.

Mas é isso que queremos?

Por mais desinteressante que possam parecer nesse momento, os campeonatos estaduais são um reduto inesgotável de histórias e tradição. E não, não estou falando do tipo de história que ficaria melhor conservada em um museu. Como um flamenguista de 26 anos, eu já vi o Flamengo vencer diversos títulos, muitos importantes como brasileiros, copa do brasil e por aí vai. Mas nenhuma partida ou gol me marcou (a mim e a milhões de rubro-negros) como o gol do Petkovic no estadual de 2001. Vá lá que já vão se fazer 13 anos, mas é um passado muito recente, se levarmos em conta que os estaduais do Rio acontecem há mais de 100 anos.

Os estaduais tem um potencial enorme para alimentar a rivalidade e criar histórias inesquecíveis, e eles ainda não deixaram de fazer isso.

Falar dos estaduais é falar dos chamados times pequenos. Embora também possam ser considerados redutos de história e tradição, nesse caso eu já acho que estamos falando de um tempo pretérito. Por menos que eu queira ver o América ou o Bangu fechando as portas, um time não pode ser manter vivo na base do passado, e cada vez mais vamos assistindo a decadência desses times. 

Dizem que é o torneio estadual que mantêm esses times vivos, mas se essa é a desculpa para sua manutenção, é preciso alguma intervenção, porque isso não está funcionando.

Os times pequenos precisam se reinventar. Eu não sei bem o caminho pra isso, mas eu diria que o começo é estreitar os laços com as comunidades em que se situam. É preciso que haja uma identidade maior entre clube e cidade. Uma atuação forte em escolinhas, em colégios, em peneiras. Isso seria bom para os clubes e bom para as cidades. Não sei bem se é viável, mas é um caminho que eu gostaria de ver - sonhando talvez em algo similar ao futebol universitário americano.

E quanto aos estaduais?

A única certeza é a de que algo precisa ser feito, com alguma urgência. O atual modelo não é nem interessante nem sustentável a médio prazo. então já que estamos abrindo a caixa e sugerindo coisas diferentes, eis a minha sugestão para os estaduais.

- Hoje temos 19 datas reservadas para os principais estaduais do Brasil.
- Falando do Rio, que eu naturalmente conheço melhor, temos 4 times grandes e 11 pequenos. Essa distinção é bem clara, ao contrário de São Paulo, que temos times "médios" como Portuguesa, Ponte Preta, etc.

A idéia que eu tenho na minha cabeça é pegar esses times pequenos, talvez juntar mais um, e começar o campeonato só com eles. 12 times, turno único, 11 datas, os 4 melhores se classificam. Pode ser inocência minha, mas eu acho que esse começo seria bem legal. Jogar sem os grandes ia aumentar a rivalidade entre os times pequenos e podíamos ter um campeonato bem divertido.

Findado essa primeira fase, pegaríamos esses 4 classificados e juntaríamos com Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo. Quartas de final, semifinal, final, todas em jogos de ida e volta, todos no Maracanã. Me parece claro que, para os torcedores dos times grandes, um torneio de tiro curto desse, só com clássicos e os melhores pequenos seria infinitamente mais interessante. A renda de jogos com um apelo maior como esses talvez fossem maior do que toda a renda acumulada nesses estaduais fracassados que vemos acompanhando.

Teríamos assim um torneio bem bacana, com 17 datas (duas a menos que o modelo atual). Os times grandes teriam uma oportunidade de realizar uma pré-temporada muito mais adequada e até de voltar a excursionar pela europa, jogar aqueles torneios engraçados. Quando o carioca começasse de fato seriam apenas 6 jogos de tudo ou nada, com um apelo muito maior para o público. Os times não sentiriam necessidade de escalar times reservas, e os jogos teriam tudo para serem muito bons.

Novamente, eu não sei o quão viável isso seria. Mas que seria infinitamente mais interessante, aaah, seria.