quarta-feira, 30 de abril de 2014

Filmes, Filmes e mais Filmes \o/ - parte 2

Continuando...

Capitão América - O Soldado Invernal


Esse poster é muito irado, falei
Dando continuidade aos filmes divertidos da Marvel, eu achei esse Capitão América 2 bem legal. A única coisa que me incomodou um pouco foi justamente o título. Eu entendo que seja o nome da história na comic, mas não fez muito sentido chamar esse filme de O Soldado Invernal. A história não é sobre ele, ele não é o vilão principal. O Soldado Invernal é um mero coadjuvante. Dá pra entender que ele vai ter alguma importância daqui pra frente, mas eu achei que esse título passa uma idéia totalmente errada do filme.

Deixando isso de lado, é diversão do início ao fim. Dizem que o Capitão América é o herói mais bosta da Marvel, mas eu gosto bastante dele. 

(Eu gosto particularmente como ele é o herói americano assim, desde o nome, passando pelas cores do uniforme e chegando até a arma dele, que na verdade é um escudo, o que não deixa de ser uma metáfora perfeita pra um herói de um país que é extremamente preocupado com a defesa nacional, chegando ao ponto de atacar outros países em nome dessa defesa, um país que até nos esportes as pessoas gritam defense!, o que é difícilimo de se ver em esportes de outros países - sim, eu tenho toda uma teoria sobre isso.)

A história do filme é bem absurda, mas como estamos falando de um filme de super herói, até que nem é tanto assim. E o roteiro tem umas surpresas bem legais, envolvendo a Hydra e o SHIELD. O vilão interpretado brilhantemente pelo Robert Redford é foda, e o personagem novo, o Falcon, é Animal!


Copa de Elite

Eu preferia não ter que comentar esse. No post anterior eu falei sobre um dos melhores filmes nacionais que eu já vi, é uma pena ter que falar agora sobre um dos piores. Não que eu achasse que fosse ser bom, mas eu tava no shopping e não tinha nada pra fazer, então achei que talvez fosse uma boa idéia para passar o tempo.

Não era.

Eu gosto bastante de Porta dos Fundos. Tem uns que são geniais, a maioria são bons, e tem alguns que são horríveis. A sensação que eu tive com esse filme é que pegaram esses horríveis, multiplicaram por 20 e juntaram tudo em uma história tosquíssima. E ainda por cima com o ator mais medíocre do porta, o Marcos Veras. (Não que o filme tenha alguma relação com o Porta, tá, to só comparando).

Enfim, 1h30 a menos na minha vida. A única piada que eu ri foi a do Bruno, bem no começo, porque eu sou uma pessoa horrível.


1. Nebraska (Nebraska) - Alexander Payne - 96   
2. O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street) - Martin Scorsese - 95  
3. Frozen - Uma Aventura Congelante (Frozen) - Chris Buck, Jennifer Lee - 89
4. Uma Aventura Lego (The Lego Movie) - Phil Lord, Christopher Miller - 89

5. Entre Nós - Paulo Morelli - 88  
6. Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club) - Jean-Marc Valée - 82
7. Trapaça (American Hustle) - David O. Russell - 78

8. Noé (Noah) - Darren Aronofsky - 78
9. Philomena (Philomena) - Stephen Frears - 75
10. Ninfomaníaca (Nymphomaniac) - Lars Von Trier - 74

11. Capitão América: O Soldado Invernal (Captain America: The Winter Soldier) - Anthony Russo - 74
12. Rio 2 (Rio 2) - Carlos Saldanha - 73
13. RoboCop (RoboCop) - José Padilha - 65
14. Ender's Game - O Jogo do Exterminador (Ender's Game) - Gavin Hood - 64
15. Confissões de Adolescente - Chris D'Amato, Daniel Filho - 62 
16. Jack Ryan: Operação Sombra (Jack Ryan: Shadow Recruit) - Kenneth Branagh - 62
 
17. Alemão - José Eduardo Belmonte - 35
18. Caçadores de Obras-Primas (Monuments Men) - George Clooney - 34
19. Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal (Paranormal Activity: The Marked Ones) - Christopher Landon - 25  
 
20. O Herdeiro do Diabo (Devil's Due) - Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett - 22
21. Copa de Elite - Vitor Brandt - 15

terça-feira, 29 de abril de 2014

Filmes, Filmes e mais Filmes \o/ - parte 1

Aeee, vamos zerar a lista atual de filmes que eu vi no cinema? Vamos!


Noé

Desde que foi anunciado que o Darren Aronofsky ia dirigir um filme baseado na lenda (ou história, fábula, sei lá) de Noé eu fiquei em um misto de expectativa e receio. Afinal, ele é o diretor de dois dos meus filmes preferidos: Cisne Negro e Requiém para um Sonho, além de ter dirigido também O Lutador, que é bem foda. O único filme dele que eu vi e não gostei foi Fonte da Vida. Ainda assim, um filme sobre um cara que recebe um chamado de deus e decide construir uma arca para salvar todas as espécies de animais de um dilúvio me parecia um desafio enorme.



E o resultado, pra mim, ficou bem nesse limiar de expectativa e receio, se é que isso faz algum sentido. Pra mim é um fato que ele fez um bom trabalho, mas ao mesmo tempo alguma coisa me deixou com um pé atrás no filme. As vezes eu desconfio que foi a fotografia. O filme tem todo um clima meio monótono que saiu meio errado na minha opinião.

Mas eu tenho uma dificuldade de analisar direito esse filme, porque eu não conheço a história original. Assim, o filme parece uma grande história de fantasia, e como fantasia ele meio que funciona. Mas é meio difícil deixar de lado todo o lado religioso da coisa.

Enfim, eu não tenho uma opinião muito bem formada sobre esse filme, mas de qualquer maneira foi legal ver o Russel Crowe voltando a atuar razoavelmente bem!




Entre Nós

Fui ver esse filme sem nem saber direito do que se tratava, mas sabendo que algumas pessoas tinham falado bem. E que surpresa agradável! Entrou rapidamente para o meu Top-5 filmes nacionais, que eu acabei de fazer e engloba os dois Tropa de Elite, Cidade de Deus e As Melhores Coisas do Mundo.



O filme conta a história de um grupo de amigos nos anos 90, jovens e cheios de sonhos, que, depois de uma tragédia, se reencontram mais de uma década depois, no mesmo lugar (uma linda casa nas montanhas - o filme inteiro é filmado nessa localidade).

O que leva a história pra frente é a trama do personagem do Caio Blat, que nesse meio tempo se torna um escritor de sucesso mas que parece carregar consigo um segredo obscuro e doloroso (isso é bem retratado na mudança do figurino do personagem, que na primeira parte do filme se veste com cores claras e alegres, enquanto no segundo domina primordialmente o negro). Embora seja fascinante ver um roteiro como esse aqui no Brasil, não é exagero dizer que essa trama principal é coadjuvante (ha!) no filme.


O que realmente torna esse filme especial são os personagens, e as relações entre eles. Todos eles são muito bem construídos, todos possuem personalidades próprias. Em momento nenhum do filme você fica "pera, quem é esse mesmo?". Você entende todos eles, todos eles fazem sentido. São personagens tangíveis, é não é difícil se identificar com um ou outro, ou ver neles seus próprios amigos.

O roteiro ainda nos brinda com várias reflexões sobre a vida, sobre o que a juventude e sobre o que significa amadurecer. Talvez soe bastante amargo para muita gente, mas duvido que seja à toa. 

E a fotografia é linda!



1. Nebraska (Nebraska) - Alexander Payne - 96   
2. O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street) - Martin Scorsese - 95  
3. Frozen - Uma Aventura Congelante (Frozen) - Chris Buck, Jennifer Lee - 89
4. Uma Aventura Lego (The Lego Movie) - Phil Lord, Christopher Miller - 89

5. Entre Nós - Paulo Morelli - 88  
6. Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club) - Jean-Marc Valée - 82
7. Trapaça (American Hustle) - David O. Russell - 78

8. Noé (Noah) - Darren Aronofsky - 78
9. Philomena (Philomena) - Stephen Frears - 75
10. Ninfomaníaca (Nymphomaniac) - Lars Von Trier - 74
 
11. Rio 2 (Rio 2) - Carlos Saldanha - 73
12. RoboCop (RoboCop) - José Padilha - 65
13. Ender's Game - O Jogo do Exterminador (Ender's Game) - Gavin Hood - 64
14. Confissões de Adolescente - Chris D'Amato, Daniel Filho - 62 
15. Jack Ryan: Operação Sombra (Jack Ryan: Shadow Recruit) - Kenneth Branagh - 62
 
16. Alemão - José Eduardo Belmonte - 35
17. Caçadores de Obras-Primas (Monuments Men) - George Clooney - 34
18. Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal (Paranormal Activity: The Marked Ones) - Christopher Landon - 25  
 
19. O Herdeiro do Diabo (Devil's Due) - Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett - 22

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ravens rumo aos Playoffs!

E a NFL finalmente anunciou a tabela para a temporada de 2014 do futebol americano!

Naturalmente, meus Ravens estão com muito menos destaque, após uma temporada de pouquíssimo brilho e um 8-8 insosso que não nos levou a lugar nenhum. Dessa vez temos apenas 3 jogos no chamado prime time, os dois clássicos com os Steelers (que ainda chamam muita atenção) e um jogo duríssimo contra os Saints em New Orleans.

A verdade, porém, é que tendo terminado a temporada de 2013 em terceiro lugar na AFC North acabou tendo um efeito positivo agora. Temos, de acordo com os números pelo menos, uma das campanhas mais "fáceis" - o que nunca quer dizer muita coisa, mas é o que temos para trabalhar nesse momento.
 
Steve Smith is gonna get you!

Como dito pelo colunista John Eisenberg, dá pra quebrar facilmente a temporada dos Ravens em quatro partes:

1. The Let's Start Fast Or Else We May Die

1 Sep 07 Bengals @ Ravens M&T Bank Stadium
2 Sep 11  Steelers @ Ravens M&T Bank Stadium
3 Sep 21Ravens @ Browns FirstEnergy Stadium
4 Sep 28Panthers @ Ravens M&T Bank Stadium

Logo de cara, bem no meio da cara, os 3 primeiros jogos divisionais. Já é matar ou morrer. Ainda tem um duelo duro contra os Panthers em Baltimore, que marcará o reencontro do Steve Smith com o time de Carolina. A verdade? Dá pra vencer os 4 jogos, mas pra isso não será possível ter margem pra erro. O time precisa entrar totalmente focado e adaptado aos novos jogadores e treinadores (no caso do Kubiak, especificamente). Daí a enorme importância da pré temporada. Entrar com 4x0 pode parecer muito otimismo, mas será necessário, dado o meio da tabela.

2. The Oh Jesus This May Not Go As Well As I Had Planned


5 Oct 05  Ravens @ Colts Lucas Oil Stadium



 
6 Oct 12 Ravens @ Buccaneers Raymond James Stadium



 
7 Oct 19 Falcons @ Ravens M&T Bank Stadium



 
8 Oct 26 Ravens @ Bengals Paul Brown Stadium




Enfrentar os Colts e os Bengals fora de casa desse jeito não vai ser nem um pouco legal. O jogo contra os Falcons é em casa, e a princípio, visto a campanha pífia do time de Atlanta ano passado, poderia ser um jogo tranquilo. Mas eu acredito que os Falcons vão vir forte esse ano, mesmo sem Tony Gonzales. Os Buccaneers também vem evoluindo pelo o que eu li, então o jogo em Tampa deve ser bem complicado. Uma previsão otimista daria um 2x2, mas eu acho mais realista pensar em 1x3, o que deixaria os Ravens com 5x3 no meio da temporada.

3. The Oh Well This Could Be Worse


9 Nov 02 Ravens @ Steelers Heinz Field



 
10 Nov 09 Titans @ Ravens M&T Bank Stadium



 
11 Bye
12 Nov 24 Ravens @ Saints Mercedes-Benz Superdome



 
13 Nov 30  Chargers @ Ravens M&T Bank Stadium




Nenhum desses são jogos fáceis (o contra os Titans é o que mais se aproxima). Enfrentar os Steelers é sempre uma pedreira, e os Chargers vem crescendo (embora eu não consiga prever muito bem como eles vão chegar esse ano), mas os dois são possíveis de se vencer. O duelo de Monday Night contra os Saints é sem dúvida o momento mais complicado, mas temos uma pequena vantagem: teremos a rodada de bye logo antes, o que dará tempo para descansar, treinar, e ajustar o que tiver que ser ajustado. Dá pra pensar em 3x1, mas vamos manter no 2x2. Estaríamos com 7x5, na luta.

4. The Everything Went Better Than Expected


14 Dec 07 Ravens @ Dolphins Sun Life Stadium



 
15 Dec 14  Jaguars @ Ravens M&T Bank Stadium



 
16 Dec 21 Ravens @ Texans Reliant Stadium



 
17 Dec 28 Browns @ Ravens M&T Bank Stadium



Novamente, é super possível quatro vitórias. Os Dolphins vem melhorando, e talvez seja o jogo mais desafiador desses quatro, ainda que eu aposte em uma vitória dos Ravens. Eu não li muita coisa sobre os Texans, mas eu ainda vejo o time meio desconfigurado, não acho que vai ser nessa temporada que eles vão voltar à força que tinham em 2012. Jaguars e Browns em casa são vitórias obrigatórias. Desculpa, mas são. 4x0. Terminaríamos a temporada com uma campanha de 11x5.








Não é lá a campanha mais bonita do mundo, mas acredito que seria suficente para voltarmos aos playoffs. Eu digo isso pensando na campanha dos Bengals e dos Steelers. Os Bengals melhoraram muito de uns tempos pra cá, mas ainda não os vejo como o time a ser batido. Ao invés de Chargers e Dolphins, os Bengals enfrentam Broncos e Patriots. É uma diferença tremenda. Ainda tiveram a má sorte de terem 3 jogos seguidos fora de casa, contra Saints, Texans e Buccaneers. Não acredito que cheguem a mais de 10 vitórias. Os Steelers, por sua vez, enfrentam Chiefs e Jets, dois times que vem crescendo bastante. Vejo o time de Pittsburgh por volta de 8-8.

Enfim, de qualquer forma não vai ser fácil. Os Ravens estão se reconstruindo, mas ainda falta muita coisa pra conseguirmos um time que consiga bater de frente com 49ers, Broncos, Patriots e Seahawks. A diretoria mandou bem nas contratações até agora, mas a linha ofensiva e algumas posições na defesa ainda estão em aberto.

É claro que fazer previsão da temporada em Abril é como o Elano batendo pênalti: são muitos mais erros que acertos. Ainda assim, acredito que os Ravens consigam, no mínimo, voltar aos playoffs. Nos meus olhos já seria uma vitória.
























































quarta-feira, 16 de abril de 2014

Pontos para Rio

Eu gostei da idéia de falar das coisas em tópicos, talvez eu faça disso uma thing aqui no blog. Vamos começar com Rio 2? Vamos.



O que funciona?

  • Os personagens. Ainda que alguns não sejam tão explorados quanto podiam/deveriam, eu acho a maioria deles bem divertidos e únicos. O psicótico Blu-Eisenberg é hilário, e eu gostei muito do trio Nigel - Rã apaixonada - Tamanduá bobalhão.
  • Gosto da maneira que o Rio (o Brasil, na verdade) é retratado. Já tivemos diversos exemplos de filmes que soam totalmente absurdos ao tentarem explorar a geografia brasileira (coisas como termos a floresta amazônica no Rio de Janeiro). Claro que isso é ajudado pelo fato de o diretor ser brasileiro, mas é legal ver como a viagem para o Amazonas passa por várias cidades, mostrando rapidamente um pouco de cada uma. É legal ver o Brasil sendo mais respeitado em Hollywood.
  • O filme passa uma mensagem ambiental extremamente relevante. Não, não é uma mensagem original e não, não é passada de maneira sutil, muito menos poética, mas é relevante de qualquer forma, e funciona bem no contexto do filme.


O que não funciona?

  • Em especial o roteiro. Não que a história não seja boa, ela é ok. Mas o roteiro começa a abrir muitas frentes e no final acaba encontrando muitas dificuldades para dar um final satisfatório a todas elas. Em certo momento no filme temos tipo 5 histórias principais sendo desenvolvidas ao mesmo tempo - a dos madereiros, blu x pai da jade, araras x papagaios, blu x jade (onde iremos morar) e blu x nigel. Um pouco mais de foco cairía muito bem. 
  • A história da rivalidade ou whatever entre as Araras e os Papagaios é totalmente dispensável. Não funciona pra nada na história.
  • Com esse roteiro inchado, o trio Nigel - Rã - Tamanduá acaba sendo extremamente mal aproveitado. Lá pro meio do filme eles se tornam meros coadjuvantes. Achei uma pena.

Resumindo, é um bom filme, com bons personagens, boas mensagens, mas que perde muito por ter um roteiro ambicioso demais.


1. Nebraska (Nebraska) - Alexander Payne - 96 
2. O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street) - Martin Scorsese - 95  
3. Frozen - Uma Aventura Congelante (Frozen) - Chris Buck, Jennifer Lee - 89
4. Uma Aventura Lego (The Lego Movie) - Phil Lord, Christopher Miller - 89

5. Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club) - Jean-Marc Valée - 82
6. Trapaça (American Hustle) - David O. Russell - 78 

7. Philomena (Philomena) - Stephen Frears - 75
8. Ninfomaníaca (Nymphomaniac) - Lars Von Trier - 74

9. Rio 2 (Rio 2) - Carlos Saldanha - 73
10. RoboCop (RoboCop) - José Padilha - 65
11. Ender's Game - O Jogo do Exterminador (Ender's Game) - Gavin Hood - 64
12. Confissões de Adolescente - Chris D'Amato, Daniel Filho - 62 
13. Jack Ryan: Operação Sombra (Jack Ryan: Shadow Recruit) - Kenneth Branagh - 62

14. Alemão - José Eduardo Belmonte - 35
15. Caçadores de Obras-Primas (Monuments Men) - George Clooney - 34
16. Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal (Paranormal Activity: The Marked Ones) - Christopher Landon - 25
 
17. O Herdeiro do Diabo (Devil's Due) - Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett - 22

segunda-feira, 14 de abril de 2014

A final do estadual em alguns pontos

Após a decepcionante (mas não vergonhosa, na minha opinião) eliminação na Libertadores, o Flamengo enfim deu alguma alegria para os seus torcedores esse ano com o título estadual. Em relação a isso, há duas coisas que precisam ser ditas antes de qualquer coisa:

1. A eliminação na Libertadores não tira o brilho (?) de um título estadual.

2.Um título estadual não apaga o fiasco na Libertadores.

Agora que já deixamos isso de lado, eu achei legal como essa final comprovouu mais ou menos o que eu havia escrito há um tempo atrás sobre os campeonatos estaduais. Ninguém liga pra eles, os públicos são um fiasco, têm que ser extintos, bla bla bla. Mas nenhum torneio estimula a rivalidade como o estadual. Eu dei o exemplo do gol do Pet, que deve ser o momento mais marcante na memória de rubro negros da minha idade. Da mesma forma (em menor proporção, talvez), esse gol do Márcio Araújo vai ficar na história - pelo título, pela circunstância, pela polêmica.

Fonte
Como bem exemplificado pela charge, não importa o que aconteça durante todo o campeonato. Mesmo os clássicos são esvaziados e desprestigiados. O que importa no estadual é a final (ou as finais). Eu mesmo vinha dizendo que não dava a mínima pro torneio, mas ontem durante o jogo eu me vi totalmente surtado torcendo pro Flamengo, e quando saiu o gol aos 45 minutos eu joguei tudo pra cima e comemorei loucamente.

Assim, o que importa não é o Flamengo ter conquistado o título estadual. É ter vencido o Vasco. Ninguém liga pra campanha, ninguém se importa com as vitórias na primeira fase. É bobagem insistir nessa fórmula, quando está mais do que claro que um torneio de tiro curto já é mais do que suficiente para conseguirmos o que o estadual nos traz de positivo: emoção, grandes histórias e rivalidades.

À respeito da polêmica do gol em impedimento, também tenho as minhas considerações:

1. Não, não era um lance fácil (ao contrário do gol de falta na primeira fase). A bola ter ido no travessão antes de voltar para o jogador impedido faz toda a diferença. Claro, existem vários registros de lances como esse onde o bandeira conseguiu detectar o impedimento, mas o fato de nenhum jogador do Vasco ter reclamado do lance na hora mostra que não foi um erro ridículo. Foi um erro, sim, mas um erro perdoável.

2. O erro no impedimento em questão não pode ser comparado com alguns erros contra o Flamengo, como a falta do Everton Costa no Felipe no primeiro jogo, como alguns flamenguistas tem dito. A falta é uma interpretação, o impedimento é um fato.

3. É uma grande hipocrisia os vascaínos (e alguns jornalistas) reclamarem que os flamenguistas não tem caráter ao comemorarem um título que se deu com um gol ilegal. Como se isso não fizesse parte do futebol e como se caso a situação fosse inversa ninguém fosse comemorar e sacanear os torcedores rubro negros.

4. Não é sempre a favor do Flamengo. Todos os times tem momentos que levam vantagem e momentos que levam desvantagens. Se ultimamente o Flamengo tem sido mais beneficiado é muito mais por acaso do que porque estamos comprando todos os árbitros para ganhar campeonatos cariocas (vamos pensar grande aí gente, se é pra roubar vamos no roubar no brasileiro ou em algo que preste).

E à respeito do jogo:

1. Se tem uma coisa que o Flamengo aprendeu com a eliminação na Libertadores foi que esse time não sabe jogar tendo que atacar. O time não consegue ficar compacto e não tem a intensidade necessária para marcar a saída de bola dos adversários no campo de ataque. Assim, o Jayme percebeu que o jogo funciona muito melhor esperando o adversário em seu próprio campo fechando os espaços e saindo nos contra ataques.

2. Sendo assim, não achei o Vasco superior em momento nenhum, como muita gente disse. O Flamengo tava muito bem armado, e não ofereceu chance nenhuma. Também não conseguiu criar (muito mais por incompetência do que por mérito da defesa vascaína), mas isso é outra história. Pode ser meu coração rubro negro falando, mas eu sentia o gol mais perto do Flamengo que do Vasco.

3. O jogo mudou com a expulsão (totalmente injusta) do Chicão e do André. Isso prejudicou muito mais o Flamengo, que ficou com um buraco na zaga e perdeu o zagueiro que estava jogando muito. Pior, teve que colocar o Erazo, o jogador mais inexplicavelmente fracassado que eu já vi. Ele deve ser bom, porque ele é titular da seleção equatoriana, mas ele só faz merda!

4. Fazer um gol aos 45 minutos depois de a torcida adversária estar gritando "olé" e "é campeão" é um dos sentimentos mais prazerosos que existem.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

The Walking Dead, Hobbes, Relações Internacionais e Teoria dos Jogos!

(naturalmente, tem alguns spoilers aí embaixo)

Eu sempre tive um preconceito com The Walking Dead, não me perguntem o porquê. É daqueles casos que as pessoas falam tanto que você acaba criando birra sem motivo nenhum. Recentemente, porém, resolvi começar a ver essa série que as pessoas tanto falavam, tentando não criar grandes expectativas. Vi a (breve) primeira temporada e estava na metade da segunda quando quase desisti. A série era uma merda.

Ok, não uma merda, mas estava longe de ser boa, muito menos a maravilha que eu ouvia as pessoas dizendo. Personagens extremamente exagerado, caricatos e, sejamos realistas, burros. Cada ação dos personagens me irritava profundamente, e as interações entre eles eram forçadas ao ponto de serem incompreensíveis. Era impossível se identificar com qualquer um deles ou com qualquer coisa que a gente via eles fazendo.

Felizmente, porém, eu resolvi seguir em frente pois, ainda que não estivesse exatamente gostando, a série era divertida e muito bem feita e filmada. Era um bom entretenimento. Bobo, inofensivo, mas ok.

Foi nesse momento que a série teve uma virada brusca em seu direcionamento que finalmente acabou me conquistando. Isso se deu quando os antagonistas deixaram de ser os zumbis. Isso mesmo. Você gosta da série por causa dos zumbis? Eu gosto apesar deles. Mentira, a palavra não é apesar, mas independentemente deles.

Pois pra mim o que torna a série extremamente interessante é quando olhamos os zumbis como uma grande metáfora (ou desculpa) para a existência de um mundo despedaçado onde qualquer tipo de instituição já não existe mais. Um mundo onde não existem leis, não existe sociedade, não existe nada, apenas pessoas tentando sobreviver.

Estamos vendo nada menos que o estado de natureza descrito por Hobbes.

Thomas Hobbes, para quem não sabe, foi um filósofo inglês do século XVII. Embora tenha escrito sobre diversos temas ao longo de sua vida, ficou marcado particularmente por seu trabalho no campo da filosofia política, com seu livro O Leviatã. Com um discurso pomposo e repleto de analogias, o filósofo faz um grande diagnóstico da natureza humana, explicando então a necessidade de uma organização civil e as formas que tal organização deveria tomar. Para ele, o homem no estado de natureza (ou seja, sem a figura do Estado) é egoísta e mesquinho e movido puramente por suas paixões e por sua razão (é importante ressaltar essa racionalidade - não estamos falando de homens macacos agindo puramente por instinto). Na ausência de instituições, o homem seria livre para fazer o que bem entendesse na busca de seus próprios interesses. A liberdade, segundo Hobbes, seria a única condição natural inerente ao ser humano.

Isso se torna complicado no momento em que, embora haja variações óbvias quanto à força, inteligência, etc, os homens são iguais o bastante em seu poder para que nenhum possa triunfar totalmente sobre todos os outros. Dessa forma, surge o sentimento de insegurança e incerteza, em que a única decisão racional possível é a agressividade, seja para alcançar suas paixões e interesses, seja para evitar um possível ataque da outra parte.

O homem acaba sendo, assim, fundamentalmente malvado. Por um simples motivo: não existe nenhuma limitação (a.k.a. polícia) para o poder de violência dele e nem para o poder de violência dos outros. O homem é o lobo do homem.
Com isto torna-se manifesto que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de manter a todos em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens.”
Soa familiar?

Pois em The Walking Dead é exatamente isso que estamos vendo. O problema não é mais a presença dos zumbis. Os personagens já sabem como lidar com os zumbis. Obviamente ainda são um perigo, mas não é mais o que os preocupa de verdade. O desafio é, na ausência de convenções e instituições, permanecer seguro da ameaça de outros homens. Não se pode mais confiar em ninguém, pois absolutamente nada impede que qualquer pessoa acabe com você na busca de seus próprios interesses.

E nesse sentido, é extremamente marcante a cena que define pela primeira vez esse conflito. Estão Rick, Glenn e Hershel em um bar, quando dois desconhecidos aparecem. Tranquilos, começam a bater papo, não há nada errado. "It's good to meet some new people", diz o Glenn, sincero. Os desconhecidos são amigáveis, divertidos, mas o tempo inteiro você não consegue deixar de sentir que tem algo errado. Existe um clima tenso no ar sem que nada de mais tenha sido dito, e isso é fruto da brilhante direção do episódio.


Até o momento em que eles começam a perguntar sobre onde os três personagens estão instalados, já que viram os carros vazios e sem pertences. Rick tenta desconversar mas falha. A tensão aumenta a um nível insuportável, e os personagens de repente já não se encontram tão tranquilos. É exatamente nesse momento que um dos desconhecidos simplesmente vai um pouco para o lado, bota o pau pra fora e começa a mijar. Ali mesmo, no meio do bar. Essa cena não foi colocada ali à toa. A mensagem para o espectador (e, por que não, para o Rick) é óbvia: não existem mais leis ou instituições, e a cara do Rick observando aquilo deixa claro que ele percebeu isso. Ninguém vai aparecer e prender o cara por mijar no meio de um bar, da mesma forma que ninguém vai vir e prender os dois caso eles resolvam matar todo mundo e ir atrás da fazenda. O resultado de tudo, como quem viu deve lembrar, é o Rick sendo badass pra caralho e atirando nos dois antes que eles atirassem nele, numa reinterpretação apocalípitica do gênero western.


Para Hobbes, a vida nesse estado de natureza é inviável e indesejável mesmo para o mais poderoso dos homens. É assim que surge o contrato social, outro termo fundamental na filosofia do inglês. Assim, os homens firmariam um contrato (dica, é uma metáfora, não há um contrato de verdade!) aonde abdicariam de sua liberdade (sua única condição natural, lembram?) em troca da segurança que deveria ser garantida pelo Estado (que passa a deter o monopólio da violência - ou seja, só o Estado pode se usar da violência como instrumento de repressão, desde que sempre com o objetivo de manter a segurança).

E em The Walking Dead começamos a ver isso, nos chamados grupos. Pois o mundo é perigoso demais para se viver sozinho, então as pessoas começam a se reunir em grupos onde, por mais precários que sejam, existe uma noção de justiça e ordem. O exemplo claro disso é o grupo com o qual o Daryl anda por alguns poucos episódios no final da quarta temporada. "I knew they were bad, but they had a code. It was simple. Stupid. But it was something. It was enough", diz ele. Longe de ter a burocracia de um Estado moderno, obviamente, mas existiam regras, comportamentos adequados e, principalmente, punições para quem não respeitasse isso (nesse caso, ser chutado até a morte pelos companheiros, lol).

Mas o mais interessante nisso tudo (pra eu que estudo relações internacionais especialmente), como não poderia deixar de ser, é o embate entre o grupo do Rick e o do Governor. Se transpormos a teoria de Hobbes para as Relações Internacionais, temos algo bastante complicado. Pois os Estados, deixando de lado essas paradas de ONU, direito internacional e o escambau que temos hoje em dia, estão fundamentalmente inseridos em um sistema anárquico. Da mesma forma que os indivíduos no estado de natureza, nada garante a segurança de um Estado. Não existe incentivos para a cooperação, não existe motivos para se confiar em um estado vizinho. A decisão racional é sempre ser agressivo.

Isso é lindamente exemplificado pelo Dilema do Prisioneiro (sou um entusiasta da teoria dos jogos, falei):

Dois suspeitos são presos pela polícia. A polícia não dispõe de provas suficientes para condenar nenhum dos dois, por isso faz a seguinte proposta a cada um deles: se um deles confessar e testemunhar contra o outro, o que confessou sai livre e o outro será condenado a 10 anos de prisão. Caso os dois testemunhem um contra o outro, ambos serão condenados a 5 anos de prisão. Caso nenhum deles resolva trair o parceiro e permaneçam calados, a polícia só poderia mantê-los por 1 ano.

Temos, assim, os seguintes outcomes possíveis:


É fácil perceber que o melhor outcome é você trair e o outro prisioneiro ficar em silêncio. Mas o que garante que ele vai fazer isso? Da mesma forma que você, ele está pensando que o melhor resultado pra ele é ele trair e você ficar em silêncio. A tendência racional é que ele traia. Colaborando com o outro prisioneiro você tem dois outcomes possíveis: 1 ano de prisão (caso ele também fique em silêncio) ou 10 anos (caso ele te traia). Traindo, você ou fica livre (caso o otário fique em silêncio), ou é condenado a 5 anos (caso ele também te denuncie). O que faz mais sentido? "1 ou 10" ou "0 ou 5"? Naturalmente, a solução lógica racional é a não-cooperação, mesmo que o outcome dos dois cooperando fosse muito mais vantajosa. O Equílibrio de Nash (sim, o mesmo do filme) dominante nesse caso ocorre quando os dois se delatam.

Voltando para The Walking Dead, é mais ou menos isso que vemos na interação entre o grupo de Rick e o do Governor. O outcome mais vantajoso é destruir o outro, já que além de ficar em segurança, você conseguiria mais armas, munições, suprimentos. Mas como é improvável que você consiga destruir o outro, o segundo melhor outcome seria a cooperação entre os dois. Mas, naturalmente, isso é impossível, visto que estamos em um estado de natureza anárquico e absolutamente nada garante que o outro lado vai te deixar em paz. Assim, os dois lados tem a tendência de se manter em uma guerra que só traz outcomes negativos (e quem terminou a quarta temporada sabe bem disso).

E embora o grupo de Rick aparente possuir uma maior pré disposição para o diálogo (apenas aparentemente - o Rick consegue ser bem implacável durante a série), o Governor surge como um líder totalmente absolutista, personificando a figura do Estado e sem o menor pudor de seguir a filosofia de Hobbes ao pé da letra. Assim, sua atitude é sempre ofensiva, e não apenas por ser um personagem malvado, mas por saber que Woodbury só poderá estar verdadeiramente em segurança quando não houver nenhuma ameaça à sua integridade, seja uma ameaça zumbi ou, principalmente, uma ameaça humana.

Pois a ameaça zumbi pode ser contornada. Mas a lição que The Walking Dead passa - sem deixar de ser um entretenimento de qualidade - é que o homem será sempre o lobo do homem.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

RoboCop Alemão

Agora que vocês já sabem tudo sobre o meu método de avaliação eu posso continuar com as minhas resenhas cretinas. 

Mas dessa vez não haverão resenhas, pois eu pouco tenho a falar sobre esses dois filmes. Mas, como eu fiz esse pacto comigo mesmo de que ia falar sobre cada filme visto no cinema em 2014, preciso tirar isso do meu sistema. Breves comentários então:

Robocop foi um filme estranho pra mim. Se me perguntarem se eu gostei eu vou dizer que sim. Mas... não sei. O filme mexeu tão pouco comigo que logo depois de sair do cinema eu já não lembrava de quase nada que tinha assistido. Naturalmente que qualquer comentário deveria fazer uma breve comparação com o clássico de 1987, mas eu estarei mentindo se disser que lembro de alguma coisa do original.

Djisus, qual o meu problema com minha memória e filmes de policiais robôs?

O filme também chama a nossa atenção por ter sido o primeiro longa dirigido pelo Padilha em Hollywood. E eu gostei bastante da direção dele, melhor do que muito diretor gringo, embora seja curioso que o diretor de filmes tão memoráveis (não entrando no mérito de qualidade - embora eu adore-os) como os dois Tropas de Elite tenha feito um filme bom mas totalmente esquecível.

But then again, talvez isso tenha sido um problema só meu.

Enfim, o filme traz umas discussões bem interessantes sobre corrupção policial (algo que o Padilha já tem bastante experiência filmando) - ainda que de uma maneira bem mais Hollywoodiana que nos Tropas de Elite.

Pronto, parei de fingir que tenho algo mais a dizer sobre o filme.


Alemão, por outro lado, não é um filme esquecível, mas eu digo isso como uma nota de pesar, pois antes fosse. Contando uma história que poderia ter sido bem interessante, o filme narra os momentos antes da invasão do Morro do Alemão em 2010 pelas forças policiais do Rio de Janeiro, pra expulsar os traficantes e instalar as UPPs.

Talvez meu problema com o filme tenha sido esse, pois eu estava ansioso por ver um filme sobre a invasão, sobre como ela foi feita, como ela foi executada, os riscos, as motivações, etc. O filme passa bem longe disso. Trata-se, na verdade, de um estudo de personagens, focando totalmente na história de 5 policiais infiltrados que tem sua identidade descoberta e tentam sobreviver dentro da favela até a invasão. Assim, o filme se passa quase que inteiro dentro de um único ambiente - o esconderijo deles - e tem como seu grande destaque a relação entre eles nesse momento de desespero.

O que poderia até ter sido interessante, não fossem a direção e o roteiro tão falhos. Assim, os personagens soam totalmente exagerados e não genuínos. Ainda temos umas atuações bem bostas, como a do Cauã Raymond e do Antônio Fagundes e umas tramas paralelas totalmente escrotas e desnecessárias, como a do Fagundes com o filho, Caio Blat.

Enfim, estou sendo bem ranzinza, mas achei o filme beeeem chato :D

Então fico por aqui.

1. Nebraska (Nebraska) - Alexander Payne - 96 2. O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street) - Martin Scorsese - 95  
3. Frozen - Uma Aventura Congelante (Frozen) - Chris Buck, Jennifer Lee - 89
4. Uma Aventura Lego (The Lego Movie) - Phil Lord, Christopher Miller - 89

5. Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club) - Jean-Marc Valée - 82
6. Trapaça (American Hustle) - David O. Russell - 78
7. Philomena (Philomena) - Stephen Frears - 75
8. Ninfomaníaca (Nymphomaniac) - Lars Von Trier - 74

9. RoboCop (RoboCop) - José Padilha - 65
10. Ender's Game - O Jogo do Exterminador (Ender's Game) - Gavin Hood - 64
11. Confissões de Adolescente - Chris D'Amato, Daniel Filho - 62 
12. Jack Ryan: Operação Sombra (Jack Ryan: Shadow Recruit) - Kenneth Branagh - 62

13. Alemão - José Eduardo Belmonte - 35
14. Caçadores de Obras-Primas (Monuments Men) - George Clooney - 34
15. Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal (Paranormal Activity: The Marked Ones) - Christopher Landon - 25
 
16. O Herdeiro do Diabo (Devil's Due) - Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett - 22